Declaração de Bruno Dias, Deputado do PCP e membro do Comité Central do PCP

O verdadeiro e efectivo controlo público da TAP é uma questão incontornável

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A questão central para o PCP em relação à TAP é defender a companhia aérea de bandeira e colocá-la verdadeiramente ao serviço dos interesses nacionais; colocar a TAP verdadeiramente como instrumento de desenvolvimento e de soberania. E, para isso, a questão do controlo público – do verdadeiro e efectivo controlo público – é uma questão incontornável.

É preciso garantir que estamos em condições de rejeitar as imposições, os constrangimentos, que, nomeadamente, a União Europeia venha a colocar. Não podemos aceitar inevitabilidades que nos queiram impor relativamente aos postos de trabalho, ataque aos direitos, cortes nos salários. É preciso defender a TAP para o futuro, porque o país precisa e vai precisar da TAP para o futuro.

É preciso assegurar, desde logo, e em relação à companhia aérea de bandeira, que não haja quaisquer interesses privados que orientem a companhia para colocá-la como apêndice de uma qualquer companhia aérea estrangeira. A TAP tem que ser efectivamente um instrumento de desenvolvimento económico para servir as populações, para servir as Regiões Autónomas, para promover a coesão territorial, para assumir uma ligação plena e efectiva às comunidades portuguesas no estrangeiro e assumir-se, de facto, como um factor de desenvolvimento, da produção nacional. E, nesse sentido, o país não pode dar-se ao luxo de perder a TAP ou de perder uma parte substancial da TAP.

É preciso colocar, de facto, uma estratégia de desenvolvimento e não olhar na lógica da destruição ou do desmantelamento. A TAP faz falta ao país e nós temos, de facto, de assumir essa estratégia de desenvolvimento.

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