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Petroquímica - Helder Guerreiro, Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal
Sexta, 23 Novembro 2007

 

helder-guerreiro

 

O aparelho refinador português assenta em duas refinarias que se complementam entre si. A Refinaria de Sines é totalmente vocacionada para a produção de combustíveis, com especialização em gasolinas. Esta refinaria está a viver um processo de alteração do seu perfil de especialização para gasóleos. Prevê-se que no futuro satisfaça as necessidades do país.


A Refinaria do Porto é especializada em lubrificantes e produtos químicos. Fornece em larga medida o Complexo Industrial de Estarreja. A Refinaria do Porto viveu sob o espectro do encerramento. O Governo PSD e a administração da altura fizeram todos os esforços nesse sentido. No quadro de uma política de menosprezo pela refinação nacional e exploração petrolífera.


Os trabalhadores responderam, contando sempre com o PCP, o qual, realizou um importante debate público com a presença do nosso Secretário-Geral. O Governo recuou e deu o dito pelo não dito. Hoje, a Refinaria do Porto receberá investimentos para o incremento do grau de conversão do Barril de Petróleo.
A exploração petrolífera é outra actividade importante em que a Petrogal, há muitos anos está envolvida. Possui várias participações na prospecção e exploração de jazidas em Angola, no Brasil e recentemente, tem um acordo de parceria com a Petróleos da Venezuela.


Outro sector importante onde a Petrogal dá agora os primeiros passos é a produção dos agrocombustíveis.
Os agrocombustíveis de 2ª Geração possuem características técnicas de queima mais limpa, traduzindo-se numa aplicação mais eficiente na indústria automóvel. Não obstante, os efeitos nefastos na economia e mesmo no ambiente ultrapassam em muito os benefícios.

Pela criação directa e indirecta de postos de trabalho e dinamização das actividades industriais, a Petrogal desempenha um papel fundamental no desenvolvimento económico e social do nosso país.
O Sector Energético é sem dúvida um importante instrumento económico que entra em questões maiores como a soberania e independência nacional. Contudo, os sucessivos Governos têm seguido uma política de privatização da Petrogal que coincidiu com a formação da holding Galpenergia. O caminho trilhado desde então foi o aprofundamento da subordinação ao Grande Capital. Aliás a última fase de privatização foi um exemplo disso:
 A manipulação do Estado, já escandalosa na última fase de privatização da Galp. O Sr. Américo Amorim apropriou-se de cerca de 33% das acções sem pagar um único tostão.
Já basta. É urgente que a Petrogal retorne ao Sector Empresarial do Estado, e assim, sirva o Povo, os Trabalhadores e o País.