Com esta iniciativa, o PCP alerta para o facto de mais de um 1 milhão e 400 mil trabalhadores viverem actualmente com a instabilidade, a insegurança, os baixos salários e a ameaça do despedimento, e para as inúmeras formas de trabalho precário que se generalizaram nos últimos anos: os recibos verdes, os contratos a prazo, os contratos de 1 ou 15 dias, o trabalho subcontratado, os estágios que se eternizam (muitos deles não remunerados), o trabalho clandestino e ilegal.

Com a aprovação do código do trabalho pelo governo PS, a precariedade passou a ter uma cobertura e estímulo legal ainda maior. Passaram a ser permitidos horários de 12 horas diárias e 60 horas semanais, estimula-se que o primeiro contracto de trabalho seja precário, valida-se legalmente a situação em que se encontram trabalhadores a “recibo verde”. O objectivo é sempre o mesmo: a máxima exploração para os trabalhadores e o máximo lucro para o grande patronato.

Para o PCP a precariedade não é uma inevitabilidade! É uma chaga social que corresponde a relações de trabalho do passado, e todos aqueles que pretendem a sua generalização, invocando as “inevitabilidades” do presente, o que querem é o regresso a um tempo em que não havia direitos. O combate à precariedade, ao trabalho não declarado e ilegal deve constituir uma política do Estado.

Destacamos nestas acções de luta, a realização de uma Audição sobre “Precariedade e Desemprego”, com a participação e intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, pelas 18h00, no Centro de Trabalho Vitória – Av. da Liberdade, 170, em Lisboa.

Acção nacional juntos dos Call Centers - Lutar contra a Precariedade Exigir uma vida melhor