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de Janeiro de 2003 O discurso oficial e oficioso tem colocado uma tónica na importância das empresas para a solução dos problemas económicos. As empresas, dizem, são elementos essenciais a partir dos quais se cria emprego, se gera desenvolvimento, progresso. Este bondoso carácter das empresas reboca a correlativa indispensabilidade do empresário. Qualquer manual explica que a empresa é apenas a fórmula jurídica que, na gentilmente designada economia de mercado, reúne a capacidade de trabalho e a capacidade de investimento. Mais comezinho, o capital, que fornece instalações e instrumentos, e a força de trabalho, fornecida por homens e mulheres. Assim, embora, em termos de trabalho assalariado, o trabalhador dependa do empresário, a verdade é que, em termos reais, é o empresário que depende do trabalhador. O trabalhador pode sê-lo sem empresário, o empresário não o pode ser sem o trabalhador. Estimular os trabalhadores é assim uma indispensável forma de dinamizar empresas. Congelando carreiras na função pública, criando «pacotes laborais», diminuindo salários?! Sejamos sérios: o objectivo é favorecer os empresários - não empresas.
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