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Jerónimo de Sousa no Bombarral
Quarta, 01 Agosto 2007
jeronimo-sousa3.jpgNum jantar/convívio do PCP no Bombarral, a que se seguiu uma visita à Feira Nacional da Pêra Rocha, Jerónimo de Sousa afirmou que o Governo «em nome do combate ao défice das contas públicas, com uma propaganda sistemática da “necessidade da compreensão dos portugueses para os sacrifícios exigidos”, cria uma situação de injustiça, desigualdade, de desemprego e pobreza, enquanto um punhado de senhores amassam lucros que chegam a ser ofensivos». 

 

Excertos da intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP,
no Jantar/Convívio do PCP  no Bombarral


 

(...)
O acontecimento mais importante não é a minha presença. É a vossa!
Aqui no Bombarral o nosso Partido, mesmo nos primeiros anos de Abril, tinha dificuldades em agir, em criar organização, em exercer a liberdade conquistada, face à intimidação, ao anticomunismo, ao preconceito alimentado pela direita que, designadamente em relação aos pequenos e médios agricultores lhes fazia querer que nós lhe queríamos tirar o que tinham e até o que não tinham, apesar de sempre, antes e depois de Abril, estarmos ao seu lado na defesa dos seus interesses e direitos concretos. A mesma direita que hoje no plano político e no plano económico os conduz à ruína, ao endividamento, ao espartilho no escoamento da sua produção.
Mas persistimos! E hoje, num quadro difícil, de uma ofensiva diversificada e profunda, encetada pelo Governo PS, o nosso Partido reforça a sua organização, alarga o recrutamento e a sua influência, procurando corresponder às orientações e decisões do XVII Congresso de que sim, é possível um PCP mais forte.
(...)


O Governo PS, pela sua acção, pelas suas medidas, pelas suas políticas de direita, ocupa o espaço da própria direita que, amarrada aos ditames da direita económica e aos interesses dos poderosos,  não é capaz de fazer oposição a um Governo que faz o que a direita política gostaria de fazer. Marques Mendes ou Paulo Portas não perderam faculdades. Não têm é assunto! Porque é o Governo PS que desencadeia uma violenta ofensiva contra os direitos laborais dos trabalhadores, sejam do sector público, sejam do privado.
Porque é este Governo PS que ataca os serviços públicos e reconfigura o papel e a intervenção do Estado nas suas funções e obrigações sociais, nas áreas da saúde, da segurança social, da educação e do ensino.


Em nome do combate ao défice das contas públicas, com uma propaganda sistemática da “necessidade da compreensão dos portugueses para os sacrifícios exigidos”, cria uma situação de injustiça, desigualdade, de desemprego e pobreza, enquanto um punhado de senhores amassam lucros que chegam a ser ofensivos.
Numa imagem chocante ainda hoje alguns órgãos de comunicação social davam a notícia de um deficiente motor estar a percorrer o país para chamar a atenção das discriminações e desigualdades a que os cidadãos com deficiência (onde se incluem muitos sinistrados do trabalho com incapacidade permanente) estão hoje sujeitos. A anteceder as imagens daquele cidadão que protesta, dava-se a notícia da associação das seguradoras que informava que alcançaram no ano de 2006 um recorde de lucros de 708 milhões de euros! E outra de 4 bancos que também anunciaram que tiveram neste primeiro semestre de 1,137 mil milhões de euros de lucro! 
São estes factos que demonstram e põe a nu esse embuste que os sacrifícios são para todos e dão uma marca de classe à política do Governo do PS/Sócrates.
(...)


Mas, ao contrário do pretendido pelo Governo, os trabalhadores e as populações não se conformam. Protestam e lutam, exigindo uma política diferente.
O Governo acusa o PCP de estar com os trabalhadores e as populações e com a sua luta, legítima e justa. Está e ainda bem que está. Quem está mal é o PS, que assume essa ofensiva ao arrepio das suas promessas eleitorais e de esquerda que lhe deram a maioria absoluta e com o risco de lhe sobrar tão só a sigla.


A acentuação da ofensiva, acompanhada já de traços autoritários e antidemocráticos mais exigem um PCP mais forte e mais influente, com mais organização e com mais luta organizada. Partido mais preciso aos trabalhadores, aos reformados, aos pequenos e médios empresários e agricultores -  mais necessário ao País.
É uma luta constante e incansável! Por isso valorizamos tanto a vossa presença, os vossos esforços, a vossa generosidade e empenhamento. Porque é assim que haveremos de alcançar um futuro melhor, aquele futuro que foi projectado com Abril!

 

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