Partido Comunista Português
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PCP no Campo Pequeno

Artigos do jornal Avante! sobre Congresso do PCP
Organização Regional de Viana do Castelo - Intervenção de João Correia, Membro da DORVIC
Segunda, 01 Dezembro 2008
joao_correia.jpgO Congresso do PCP não está limitado a estes três dias. A preparação do Congresso iniciou-se há meses com um processo de discussão abrangente em que se realizaram inúmeras reuniões e plenários.
Organização Regional de Viana do Castelo
Intervenção de João Correia, Membro da Direcção da Organização Regional de Viana do Castelo

Camaradas
Em nome dos comunistas e dos trabalhadores do Alto-Minho saúdo todos os delegados e convidados ao XVIII Congresso do nosso Partido.
O Congresso do PCP não está limitado a estes três dias. A preparação do Congresso iniciou-se há meses com um processo de discussão abrangente em que se realizaram inúmeras reuniões e plenários. Na Organização Regional de Viana do Castelo tentámos realizar uma discussão aberta à participação de todos os militantes e amigos do Partido na discussão do projecto de Teses, ligado aos problemas locais e na procura de uma melhor intervenção da organização do Partido.
O processo de preparação e de debate para o Congresso, apesar dos esforços de levar a discussão a todos os militantes e de ter tido aspectos muito positivos, pôs em evidência que ainda existe uma reduzida militância e participação na vida partidária de um número considerável de militantes.
O Alto-Minho apresenta uma estrutura e dimensão económico/social desequilibrada e com assimetrias entre o Concelho de Viana e os restantes Concelhos, principalmente do interior. A esta situação não são alheias as políticas calamitosas dos sucessivos governos da direita (PSD/CDS) e que o actual Governo PS/Sócrates teima em agravar.
No distrito, existem cerca de 7.500 desempregados, sendo que 65% destes são mulheres, sem contar com as largas centenas de jovens, e menos jovens, em formação profissional e outros integrados em programas ocupacionais; existe muito trabalho precário e sazonal; O desemprego não atinge maiores dimensões, porque o fenómeno da emigração está de volta a esta região; O sector da agricultura e pescas vai desaparecendo, aumentando mais a nossa dependência do exterior; O distrito não tem um desenvolvimento industrial como seria desejável para o crescimento sustentado e a indústria naval, sector estratégico para o desenvolvimento de toda a região, vive em dificuldades e incertezas quanto ao seu futuro. No sector do comércio, a situação actual continua a ser caracterizado pelo surgimento de grandes superfícies comerciais por todo o distrito e em maior escala no concelho de Viana do Castelo. Esta realidade tem vindo a criar grandes dificuldades ao chamado comércio tradicional e contribuído para o uso e abuso dos contratos a termo e a recibo verde. Em consequência destas práticas de vínculo laboral, os direitos dos trabalhadores são muito menos respeitados, nomeadamente em termos de horários, trabalho suplementar não pago, e exercício do direito à maternidade.
Apesar de ser uma região periférica e de relativo atraso, e com os problemas e dificuldades daí decorrentes, os Comunistas do distrito, integrados no Movimento Sindical Unitário têm estado na primeira linha na luta contra a política de direita deste Governo.
É notório que, apesar de todas as dificuldades, a acção dos comunistas tem estado presente e em muitas tem sido determinante o seu papel. Ao Partido é cada vez mais reconhecida, por um maior número de Alto-Minhotos, a importância da sua acção e intervenção social.
Neste contexto, assume primordial importância a intervenção do nosso partido na análise e denúncia da realidade concreta, procurando, no diálogo com os trabalhadores e contacto com as populações, ganhá-los para a luta e propondo nas autarquias locais e na Assembleia da Republica, soluções e medidas que elevem o nível de desenvolvimento do Distrito.
Para garantir uma maior e melhor intervenção, é essencial reforçar a organização do partido, renovando e rejuvenescendo as organizações e estrutura partidária. A sua ligação aos trabalhadores nas principais empresas e locais de trabalho, nomeadamente um melhor acompanhamento nos Estaleiros navais e sectores da Administração Pública, e alargar a nossa influência a empresas recentemente instaladas da zona industrial de Vila Nova de Cerveira.
Dos desafios que temos pela frente no próximo ano, a luta contra a política de direita do PS, as eleições para o Parlamento Europeu, a Assembleia da República e para as Autarquias, exigem do Partido e de todos os seus militantes um elevado sentido de responsabilidade política e determinação na concretização do objectivo essencial que é o reforço da capacidade de intervenção dos comunistas nos diversos sectores da sociedade, de modo a que se concretizem as legítimas aspirações dos trabalhadores e do povo laborioso do Alto-Minho.
Ao terminar, queremos assegurar ao Congresso a disposição dos comunistas da região de tudo fazer para prosseguir o trabalho de reforço orgânico, ideológico, social, eleitoral do Partido, e promover o seu enraizamento nos trabalhadores e populações do distrito de Viana do Castelo. Citando palavras de um CAMARADA no último congresso, aos comunistas do Alto-Minho vai ser exigida coragem política, coragem moral e se necessário coragem física para ultrapassar as dificuldades inerentes a um distrito fustigado pelos efeitos da politica de direita e levar a bom porto estes objectivos.
Viva a luta dos trabalhadores!
Viva o XVIII Congresso!
Viva o Partido Comunista Português!