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Luta de Massas - Paulo Raimundo, Comissão Política
Domingo, 25 Novembro 2007
Paulo Raimundo


Os trabalhadores, o povo e o País precisam de um novo rumo, de uma politica ao seu serviço que rompa com os ataques ao trabalho, com o roubo de direitos e o aniquilar dos serviços públicos, uma politica para a maioria e não dos poucos que enriquecem ás custas da miséria de muitos.
Um novo rumo cada vez mais urgente, necessário e possível.
Uma politica assente em propostas concretas, intimamente ligadas aos direitos, anseios e aspirações dos trabalhadores e do povo a uma vida melhor,
Uma politica que tem de ser conquistada nas empresas, nos locais de trabalho e residência, nas escolas, nos campos e nas ruas, uma politica só possível através da luta dos trabalhadores e dos vários sectores alvo da politica de direita.


A luta é condição essencial para resistir aos objectivos do capital, alterar a correlação de forças e pela sua dinâmica e persistência construir a alternativa.
Uma luta desenvolvida em condições difíceis, com uma correlação de forças e meios profundamente desiguais, mas uma luta que vale a pena.
A ofensiva politica em curso nos últimos 30 anos, ganhou formas impensáveis para todos aqueles que lutaram e construíram a revolução de Abril de 74.
Passados estes anos podemos questionar em que ponto estaríamos se os trabalhadores não resistissem e lutassem?
Em que ponto estaria a nossa constituição, os direitos laborais e sociais?
Em que ponto estaríamos se os trabalhadores e as populações não tivessem na rua a lutar contra a politica do governo Sócrates?


Estamos numa fase muito exigente de resistência activa, com o desenvolvimento de uma luta que cresce, alarga e envolve cada vez mais gente.
É de grande importância a luta das populações em defesa dos serviços públicos, a luta da juventude, a luta dos agricultores, e de tantos outros sectores da população que se organizam e mobilizam.
Neste quadro são de destacar as grandiosas jornadas promovidas pelo movimento sindical unitário, grandes momentos de expressão de luta, de empenhamento, combate e de confiança no futuro.
A grandiosa greve geral de Maio ultimo e a histórica jornada de 18 Outubro, são exemplos claros de uma luta justa e em crescimento.
Jornadas importantes, demonstrativas da capacidade de mobilização e organização do Movimento Sindical Unitário e acima de tudo que revelam um profundo e amplo descontentamento com a politica de direita do governo do PS.
Jornadas possíveis devido aos seus justos objectivos e porque elas constituem em si, a convergência de contestação sectorial e de pequenas lutas nas empresas e locais de trabalho em torno de questões concretas, aspecto central para o aumento da consciência social dos que sofrem diariamente na pele o ataque aos seus direitos.


As grandes jornadas de convergência são de grande importância pela sua demonstração de força, mas não tem menos valor as decisivas lutas ao nível local e de empresa.
A luta pela defesa do serviço nacional de saúde teve expressão de Norte a Sul;
A educação publica, gratuita e de qualidade foi defendida nas ruas de Setúbal e Porto por centenas de estudantes do ensino secundário;
A produção de leite está na luta dos pequenos produtores de Barcelos;
A liberdade associativa desfilou com os militares;
A maior jornada de defesa do direito á greve foi desenvolvida pelos trabalhadores da Transtejo, do Metro e de outras empresas, que resistiram e derrotaram as intenções do patronato e do governo;
A luta pelo fim dos salários em atraso trava-se á porta de centenas de empresas;
A luta por aumentos salariais é a luta dos trabalhadores da Valorsul;
A luta pela contratação colectiva desenvolve-se nos casinos do Algarve;
O exemplo da resistência e de que a luta vale a pena, está nos trabalhadores da M. Pereira da Costa,
A defesa dos postos de trabalho trava-se na Gestenave;
A luta contra a lay-off está na Krongberg;
A luta pela dignidade e pelos direitos está em preparação nos departamentos
Administração central, nas câmaras municipais, nas escolas, centros de saúde e hospitais;

São exemplos de uma ampla frente de luta em curso em centenas de locais e empresas que envolvem milhares de trabalhadores e populações organizadas em torno dos seus problemas concretos, luta que é necessário valorizar, animar e intensificar.
É preciso continuar a persistir e criar uma dinâmica nacional de resistência nas empresas e locais de trabalho e de mobilização das populações, é preciso concretizar uma grande jornada de luta sem dia e sem hora, uma jornada que se trave diariamente em cada local, acção que vá criando condições para em cada momento definir novas e necessárias formas de luta que envolvam todos os que sofrem as consequências da politica de direita.

Cada pequena batalha travada é um contributo fundamental para uma luta que, tal como em outros momentos da história, acabará por derrotar a politica de direita, romper com o caminho seguido até aqui e traçar um novo rumo económico e social para o Pais.A luta continua!Viva a Conferência Nacional!
Viva a JCP!
Viva o PCP!