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Intervenção do Deputado
Sobre a nova f?brica de reciclagem prometida para Mour
Quinta, 05 Abril 2001

Sr. Presidente,
Sr.ª Deputada Maria do Céu Ramos,

Em primeiro lugar, quero saudá-la por voltar a trazer a esta Assembleia uma questão importante, para o Alentejo, para o círculo eleitoral por que ambos fomos eleitos e para aferir a diferença que vai entre as promessas de desenvolvimento do interior e, depois, as realidades concretas.

Como sabe, nós próprios visitámos a fábrica na semana passada, interpelámos nesta sede o Primeiro-Ministro acerca da matéria, requeremos a vinda à Comissão do Sr. Ministro da Economia, que virá no dia 17, sujeito a confirmação. Esperemos que, na altura, o Sr. Ministro venha dar esclarecimentos totais quanto ao cumprimento dos compromissos assumidos pelo Governo e pelo Primeiro-Ministro, exarados no caderno de encargos para a construção da fábrica.

A Sr.ª Deputada referiu, e bem, a tal declaração de rectificação entre o que foi publicado no caderno de encargos e o que, depois, foi rectificado e que significa a construção ser adiada de Março para Outubro. Esperemos que, dentro de dias, não saia uma nova declaração de rectificação transferindo a construção da fábrica para Setembro de 2002…! Nos próximos dias veremos o que vai suceder.

Estas várias iniciativas, e, em particular, a luta dos trabalhadores, já tiveram pelo menos um mérito: romper com o silêncio em que se desenvolvia este processo, silêncio, aliás, alimentado pelo Partido Socialista e pelo Governo por razões de má consciência.

A Sr.ª Deputada referiu que, neste momento, quanto à construção da nova fábrica, o que resta são promessas; não está lá uma única estaca nem um único pilar. Mas eu digo mais, Sr.ª Deputada: nem sequer lá está a primeira pedra!

É que, no célebre dia 10 de Fevereiro de 1999, o Sr. Primeiro-Ministro juntamente com o Sr. Ministro da Economia foram lançar a primeira pedra, com pompa e circunstância, e, depois, rodeados pelas televisões, dirigiram-se ao terreno para abençoá-lo. Ora, sabe onde é que ficou a primeira pedra, por mero esquecimento? Dentro da fábrica!

Fui eu próprio descobri-la, na semana passada, limpinha tal como veio do marmorista…!

Portanto, nem sequer lá está a primeira pedra! Infelizmente, esta é a realidade.

A Sr.ª Deputada fez várias perguntas e eu próprio poderia fazer mais algumas.

Por exemplo - e já não vou entrar na discussão sobre o processo de privatização, apesar de discordamos do mesmo -, tendo a Imocapital, SGPS, S.A., empresa que ganhou o processo de privatização, recebido desde Março as acções e entrado em contacto com o Governo durante vários meses para resolver os problemas da construção de uma unidade de co-geração, por que razão só agora, quando começámos a mexer-nos, é que houve resposta do Governo?

Por último, Sr.ª Deputada, vamos ver quem mais manda: se os compromissos do Sr. Primeiro-Ministro, que tudo fará para construir a fábrica, se a carta recentemente escrita ao Primeiro-Ministro pelo Sr. Eng.º Belmiro de Azevedo, principal accionista da Imocapital, pondo em causa a construção da fábrica. Esperemos pela vinda à Comissão do Sr. Ministro da Economia, no dia 17, porque ainda há muito a esclarecer, para sabermos se todos podemos ficar descansados.

 

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