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Sobre o referendo à IVG - Nota da Comissão Política do PCP
Sobre o referendo à IVG - Nota da Comissão Política do PCP
Sexta, 27 Outubro 2006
Imagem: IVGA Comissão Política do PCP, «na sequência do debate parlamentar de 19 de Outubro que aprovou uma resolução no sentido de realização de um Referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez e no momento em que o Presidente da República enviou a pergunta para o Tribunal Constitucional», reafirma que participará no processo eleitoral do Referendo «com uma activa intervenção de esclarecimento e mobilização para a desejável e necessária vitória do Sim». Para o PCP, a luta pelo êxito da despenalização do aborto impõe uma clara resposta para que a realização do segundo Referendo sobre o aborto não venha a constituir um renovado pretexto para que tudo fique na mesma. Nesse sentido, «os comunistas – mulheres e homens – estarão na primeira linha deste combate, para a vitória do Sim».

 

Sobre o referendo à IVG
Nota da Comissão Política do PCP


Na sequência do debate parlamentar de 19 de Outubro que aprovou uma resolução no sentido de realização de um Referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez e no momento em que o Presidente da República enviou a pergunta para o Tribunal Constitucional - de modo a que este avalie da  sua constitucionalidade  - iniciativa que  precede a decisão de convocação do Referendo a Comissão Política do PCP considera oportuno, desde já, clarificar o seguinte:

1.    Desde sempre favorável à aprovação de uma lei, sem recurso ao referendo, o PCP participará activamente no processo eleitoral do Referendo,  com uma activa intervenção de esclarecimento e mobilização para a desejável e necessária vitória do Sim. 
Esta participação é a sequência natural de uma  intervenção permanente há mais de duas décadas para pôr fim ao aborto clandestino – a face mais cruel e desumana da falta de uma adequada protecção da saúde sexual e reprodutiva das mulheres e da ausência  de uma correcta protecção da função social da maternidade-paternidade.

2.    A realização deste Referendo têm um significado e consequências  que não podem ser subestimadas. Por um lado,  o Partido Socialista, posicionando-se pelo Sim neste Referendo, recusa-se a dar tal passo na Assembleia da República sem uma consulta popular que vá, claramente, no mesmo sentido. Por outro, o PSD  e todos aqueles que com ele se opõem à despenalização do aborto, tudo fará para que este Referendo “legitime”  a  sua posição. 
O PCP votou contra o Referendo e defendeu a resolução do problema na Assembleia da República, ao  contrário do PS e do BE, que decidiram dar mais uma oportunidade à direita para poder  adiar,  mais uma vez, a despenalização da interrupção voluntária da gravidez.
Convocado o Referendo,  o PCP não abdicará de intervir nesta batalha  visando   pôr fim ao aborto clandestino sem mais demoras e para que uma nova lei ganhe,  finalmente,  prioridade no plano político e legislativo.
Mas, igualmente, o PCP não abdicará de denunciar as responsabilidades do Governo do PS  na fragilização do conjunto dos direitos sexuais e reprodutivos, nos retrocessos em importantes direitos laborais e sociais inerentes à protecção da função social da maternidade-paternidade.  

3.    A luta pelo êxito da despenalização do aborto em Portugal impõem uma clara resposta para que a realização do  segundo Referendo sobre o aborto não venha a constituir uma renovado pretexto para que tudo fique na mesma. Se o PS não é capaz de assumir  as suas responsabilidades na Assembleia da República, então que sejam as eleitoras e eleitores a faze-lo nas urnas.  Os comunistas – mulheres e homens – estarão na primeira linha. Para a vitória do Sim.

 

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