Partido Comunista Português
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PCP no Campo Pequeno

Artigos do jornal Avante! sobre Congresso do PCP
Organização Regional de Vila Real - Intervenção de Paulo Figueiredo
Segunda, 01 Dezembro 2008
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Em nome da Organização Regional de Vila Real do PCP começo por saudar todos os delegados e convidados presentes neste XVIII Congresso do nosso Partido.Os baixos índices de desenvolvimento económico, social e cultural do distrito de Vila Real, comparativamente aos nacionais, são um exemplo claro da persistência no nosso país de graves assimetrias regionais.


Intervenção de Paulo Figueiredo
Membro da Direcção da Organização Regional de Vila Real do PCP


Camaradas:


Em nome da Organização Regional de Vila Real do PCP começo por saudar todos os delegados e convidados presentes neste XVIII Congresso do nosso Partido.

Os baixos índices de desenvolvimento económico, social e cultural do distrito de Vila Real, comparativamente aos nacionais, são um exemplo claro da persistência no nosso país de graves assimetrias regionais.

No plano económico, o distrito caracteriza-se por possuir um tecido industrial incipiente, uma agricultura cada vez mais desvalorizada, com a extinção de milhares de explorações agro-pecuárias e um comércio tradicional que, confrontado com a multiplicação das grandes superfícies comerciais e com a diminuição do poder de compra da população, se fragiliza cada vez mais.  

No plano social, à elevada taxa de desemprego e ao crescimento do trabalho precário, juntou-se o encerramento e desclassificação de unidades de saúde (os SAP de Alijó, Murça, Vila Pouca de Aguiar, a Urgência do Hospital da Régua e o Hospital de Chaves), o encerramento de mais de 250 escolas do 1º Ciclo, postos da GNR, dos CTT, da EDP, etc., que contribuem para acelerar ainda mais a desertificação do nosso distrito, que se tem vindo a observar há décadas. 

No plano educativo, os baixos índices de escolarização e a taxa de abandono escolar são também mais acentuados do que os verificados no Continente.

A situação que se vive no distrito, consequência das políticas de direita desenvolvidas pelo PSD, CDS-PP e PS só poderá ser resolvida com uma ruptura dessas políticas e a criação da Região de Trás-os-Montes e Alto Douro, que defendemos no quadro de uma verdadeira regionalização.

As soluções preconizadas pelo nosso Partido têm-se manifestado de forma visível, quer através de múltiplas tomadas de posição, quer pela realização de várias iniciativas de análise, discussão e apresentação de propostas. Destacamos aqui, as Jornadas pelo Desenvolvimento Regional de Trás-os-Montes e Alto Douro, realizadas em conjunto com a Organização de Bragança, em Junho de 2006, que constituíram um importante contributo para a viabilização da Região no caminho do seu progresso social e desenvolvimento, a 6ª Assembleia da Organização Regional de Vila Real, em Junho de 2007 e a Audição/Debate sobre a Região Demarcada do Douro levada a cabo pelas direcções regionais de Vila Real, Bragança, Guarda e Viseu em Outubro de 2007.

No plano local, a par da intervenção própria do PCP, merece ser realçada a activa intervenção dos nossos eleitos pela CDU nas autarquias, contrastando com a apagada e inconsequente actividade dos deputados do PSD e do PS. Tendo nas últimas eleições havido um reforço da CDU no distrito, o trabalho desenvolvido permite-nos encarar com confiança os actos eleitorais que se avizinham.

Podemos pois afirmar que a actividade política do Partido no distrito se intensificou nos últimos quatro anos, dando uma resposta positiva às orientações e decisões saídas do XVII Congresso.
 
No plano da luta de massas, os comunistas têm tido um importante papel na mobilização dos trabalhadores para as acções organizadas pelo Movimento Sindical Unitário, nomeadamente nas greves da Administração Pública e nas manifestações nacionais contra as políticas de direita do actual Governo. Também nas manifestações das populações em Chaves, Vila Pouca e Régua contra o encerramento de serviços públicos de Saúde e nas manifestações dos agricultores contra a política de destruição da nossa agricultura, a participação destacada dos comunistas revela que, mesmo numa zona de reduzida influência eleitoral, o PCP assume um papel de vanguarda na luta pela defesa dos direitos alcançados com a Revolução de Abril.

No plano orgânico, no distrito de Vila Real, o PCP não conseguiu ainda dar uma resposta satisfatória às resoluções do último Congresso. Persistem debilidades e insuficiências como sejam o número reduzido de quadros e funcionários, a existência de poucos organismos de base e um quadro financeiro que não é o desejável. Também o rejuvenescimento do Partido tem ficado aquém do necessário. Temos, no entanto dado alguns passos positivos, de que é exemplo a criação há um ano atrás da Comissão Concelhia de Boticas.

Estamos certos de que deste Congresso sairá um PCP mais forte para fazer face aos exigentes desafios que se nos colocam. Tal como no passado, com Bento Gonçalves, Militão Ribeiro e tantos outros revolucionários oriundos do nosso distrito, os comunistas de Vila Real continuarão a dar o seu melhor ao nosso Partido, na luta pela construção de uma sociedade socialista em Portugal.

Viva o XVIII Congresso.
Viva o Partido Comunista Português