Partido Comunista Portugu�s
  • Narrow screen resolution
  • Wide screen resolution
  • Auto width resolution
  • Increase font size
  • Decrease font size
  • Default font size
  • default color
  • red color
  • green color
�
�

Degradação do IP 2 no troço Beja-Castro Verde
Terça, 02 Junho 2009

José Soeiro apresentou hoje na Assembleia da República, uma Pergunta escrita dirigida ao Ministro das Obras Públicas onde questiona o Governo sobre a continuamente adiada requalificação do IP2, via que se encontra num avançado estado de degradação, de que é exemplo o troço entre Beja e Castro Verde, representando um perigo real para todos os seus utilizadores.

Em reunião ontem realizada com o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Castro Verde sublinhou este, entre outras preocupações relevantes para o concelho, o estado de degradação crescente do piso do IP 2 entre Beja e Castro Verde e a necessidade de uma rápida intervenção no mesmo no sentido de o dotar das características próprias de um IP, designadamente assegurar o desnivelamento de todas as intersecções existentes.
Na verdade, como tive oportunidade de constatar, é evidente o avançado estado de degradação do piso, situação aliás assumida nos repetidos painéis que se podem encontrar ao longo da via e que alertam para o perigo que resulta desta condenável e inaceitável situação.
Buracos e pedras soltas constituem uma ameaça para os utentes e revelam a negligência que caracterizou a acção do Governo ao longo dos últimos quatro anos no que concerne à manutenção e requalificação da rede viária no distrito inclusive em vias principais como o IP2.
Muitas promessas, muita propaganda mas muito pouca obra apesar das repetidas chamadas de atenção feitas pelo Grupo Parlamentar do PCP no sentido de fazer sentir ao Governo a necessidade de trabalhar mais e prometer menos.
Em 2005 declarava o Governo, em resposta a requerimentos que então lhe dirigi, que “as obras relativas ao eixo do IP2, se consideram uma prioridade deste Governo” e, especificamente ao troço agora em questão, declarava que “Foi incluído no Plano de Investimentos para 2006 o projecto de execução para a beneficiação do troço entre Beja e Castro Verde” e que “Esta intervenção tem por objectivo dotar o IP2 de características compatíveis com as de um IP, encontrando-se contemplado nos respectivos trabalhos
o desnivelamento de intersecções, tal como prevêem as outras intervenções programadas.”
Quatro anos depois só buracos e pedras na via a ameaçarem os que nela circulam e uma sucessão de remendos precários a testemunhar o real significado da afirmação de que o IP2 era uma prioridade deste Governo. O que seria se o não fosse.
O mesmo sucedeu em relação ao troço Vidigueira – Beja que, com a conclusão do projecto de execução prevista para 2005, continua exactamente na mesma situação de há quatro anos quando o actual Secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas garantia no Governo Civil de Beja, em vésperas de eleições autárquicas, que tudo seria concluído até ao final da legislatura.

Assim, e ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, venho requerer através de V. Exa., ao Senhor Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, resposta às seguintes perguntas:
1.Como explica o Governo que depois de mais de quatro anos no poder o IP2 continue a aguardar a intervenção urgente e tantas vezes prometida para a sua requalificação?
2.Não acha o Governo que, para uma prioridade, quatro anos são tempo demais para arrancar com uma obra?
3.Quando irão começar em concreto as tão prometidas obras de requalificação do troço do IP2 entre Beja e Castro Verde?
4.E o troço entre Vidigueira e Beja quantos anos mais terá que esperar à luz daquilo que para o actual Governo é uma prioridade?