Partido Comunista Português
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PCP no Campo Pequeno

Artigos do jornal Avante! sobre Congresso do PCP
Organização Regional de Braga do PCP - Intervenção de Mário Jorge de Figueiredo
Sábado, 29 Novembro 2008

mario_jorge_figueiredo.jpgAs consequências de mais 4 anos de política de direita estão à vista no distrito de Braga: A região regista altos níveis de precariedade e cerca de 50 mil desempregados, dos quais 70% de longa duração e cerca de 13 mil com formação superior;

 

Intervenção de Mário Jorge de Figueiredo
Membro do Executivo da Direcção da Organização Regional de Braga do PCP

As consequências de mais 4 anos de política de direita estão à vista no distrito de Braga:

A região regista altos níveis de precariedade e cerca de 50 mil desempregados, dos quais 70% de longa duração e cerca de 13 mil com formação superior;

O fenómeno da emigração acentuou-se, só nos últimos 3 anos mais de 10 mil trabalhadores emigraram para a Galiza;

O poder de compra no Vale do Ave e do Cávado é inferior à média nacional 32% e 25%, respectivamente;

Em 6 meses aumentaram em mais de 2 mil os beneficiários do rendimento social de inserção, ao todo são cerca de 21 mil;

A redução das reformas é uma realidade, na ordem dos 8% a 20% fruto da alteração da fórmula de cálculo das pensões;

Os atropelos aos direitos dos trabalhadores sucedem-se. São exemplo:

A pressão sobre os trabalhadores da Blaupunkt para a rescisão dos contratos de trabalho e não cumprimento dos contratos colectivos do sector e a situação vivida pelos trabalhadores da empresa FEHST, em que o patrão quer impor um contrato colectivo de trabalho de outro sector, implicando reduções salariais de 150 a 200 euro/mês;

A destruição do aparelho produtivo apresenta-se como um dos principais problemas do distrito.

O sector têxtil e vestuário com 98% da sua estrutura empresarial em micro, pequenas e médias empresas, com a maior parte das empresas em regime de subcontratação, torna o sector demasiado vulnerável à vontade das grandes empresas e das exportações.

O PCP está ao lado dos trabalhadores e apoia a sua luta como na TOR e FIDAR e apresentou no início de 2008 o projecto resolução nº 297, onde aponta as causas da crise do sector têxtil e propõe as medidas necessárias para o seu combate.

O sector metalúrgico também enfrenta enormes dificuldades: nos últimos meses encerraram a Floságua, Joaquim F. da Silva Monteiro e a Sarotos e são muitos os trabalhadores em luta, como é exemplo recente os da Agrovil que estiveram à porta da empresa pelo pagamento de salários em atraso.

A construção civil está estagnada atirando para o desemprego e emigração milhares de trabalhadores. É de sublinhar as difíceis condições em que os trabalhadores exercem a sua actividade – baixos salários, precariedade, trabalho ilegal, más condições laborais pondo em risco a própria vida – tudo isto, sem uma fiscalização efectiva da ACT.

O pequeno comércio vê-se obrigar a fechar as portas.

O sector leiteiro, que têm no concelho Barcelos o maior produtor de Portugal continental, enfrenta uma crise sem precedentes. São as dificuldades em escoar o leite, com as empresas de distribuição a optarem pelas chamadas linhas brancas com leite oriundo do estrangeiro, os preços das rações e medicamentos que triplicaram nos últimos anos, o preço do leite pago aos produtores a baixar de uma forma galopante.

Só a ruptura com esta politica alterará este cenário dramático.

Em Braga estamos empenhados nesta batalha, na ligação aos trabalhadores e ás populações, no reforço do partido e da sua acção, no aumento reivindicativo das massas e na afirmação do Partido, como foi exemplo a realização de 15ª Festa da Alegria, grande momento de afirmação política do PCP e demonstração da dinâmica da organização, de esforço e de luta por uma outra política ao serviço dos trabalhadores.
 
Os tempos que se avizinham não serão fáceis, a situação social vai agravar-se rapidamente, cá estaremos com determinação para também no distrito assumir-mos o papel que nos cabe e reforçar o partido, foi esta a questão central da fase preparatória do XVIII Congresso, nas 34 reuniões e nas 11 assembleias electivas realizadas com cerca de 600 participações. São ainda muitas as insuficiências no plano orgânico, mas certamente encontraremos na luta dos trabalhadores minhotos as forças para continuar a crescer.

Viva XVIII Congresso
VIVA PCP