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Cristalaria e Moldes - Filipe Andrade, DOR Leiria
Sábado, 24 Novembro 2007

 

filipe_andrade

 

As políticas dos sucessivos têm-se pautado por subalternizar o Distrito de Leiria. Assiste-se à deslocalização da produção e mesmo de meios de produção para países do alargamento até por empresas da região.A indústria transformadora deve ser defendida, valorizada e potenciada, aproveitando o conhecimento e o saber-fazer seculares, como é o caso do Vidro e Cristalaria, a par de uma aposta forte no sector dos moldes, que é dos mais avançados do país.


O ataque geral ao sector produtivo não deixou de se fazer sentir nestes últimos anos, nos sectores tradicionais e que geram mais emprego, como o vidro e a cristalaria, mas também no sector dos moldes, sectores profundamente dependentes de mercados externos.
O processo de reestruturação da cristalaria, conduzido à margem das organizações dos trabalhadores, falhou.
A indústria da cristalaria entre 2004 e 2007 viu desaparecer postos de trabalho. Só em 2006, encerraram, para além de outras de menor dimensão, três das maiores empresas deste sector: a Dâmaso  a Marividros e a  Mortesen


Tal como as coisas estão só há capacidade de produzir para nichos de mercado.
Mas tal, pressupõe a credibilização dos produtos portugueses, melhorando a qualidade do vidro e a qualidade técnica e artística dos produtos, combatendo as lacunas sérias ao nível habilitacional e da formação dos trabalhadores.
Também na indústria de moldes encerraram diversas empresas e várias atravessam dificuldades.
As alterações na divisão internacional do trabalho capitalista provocam: a deslocalização de produções, o esmagamento de preços e a dilação dos prazos de pagamentos por parte da indústria automóvel que nos últimos anos se tornou o cliente dominante da indústria de moldes regional.
Tais alterações estratégicas, como a deslocalização, podem trazer graves consequências.
Também aqui se sentem deficiências ao nível da formação profissional, do domínio e utilização plena das mais recentes inovações tecnológicas, na cooperação com os sistemas científico e do conhecimento nacionais


Continuar a luta por medidas de apoio às indústrias estabelecidas, com programas para os sectores em crise, nomeadamente a indústria vidreira, que: promovam a sua modernização e novos métodos de gestão, organização da produção e da comercialização; que permitam à cristalaria repor factores de competitividade com as suas concorrentes; reduzam os preços da energia e dos combustíveis; criem um fundo de apoio à exportação, nomeadamente para a indústria de moldes, a fim de fazer face à grande dilação de prazos de pagamento


É possível respeitando os direitos laborais e sociais dos trabalhadores, promovendo uma justa repartição da riqueza, inverter o caminho de destruição e delapidação das potencialidades destes sectores produtivos, garantindo o futuro e o progresso da região e do país.