Partido Comunista Português
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PCP no Campo Pequeno

Artigos do jornal Avante! sobre Congresso do PCP
Sobre o sector ferróviário - Intervenção de José Reizinho
Segunda, 01 Dezembro 2008
jose_reizinho.jpgO sector ferroviário foi um dos mais atingidos pela fúria neo - liberal dos governos de direita (PS, PSD e CDS), que procuram destruir muitas das conquistas de Abril. Só o nosso Partido sempre se opôs coerentemente à importação das estratégias tatcherianas, que visavam a liquidação do sector empresarial do Estado, para o entregarem de bandeja a grupos de amigalhaços nacionais e estrangeiros. 

 
CAMARADAS e AMIGOS

A CÉLULA dos FERROVIÁRIOS de LISBOA saúda fraternalmente todos os Delegados ao XVIII  Congresso do nosso PARTIDO.

O sector ferroviário foi um dos mais atingidos pela fúria neo - liberal dos governos de direita (PS, PSD e CDS), que procuram destruir muitas das conquistas de Abril. Só o nosso Partido sempre se opôs coerentemente à importação das estratégias tatcherianas, que visavam a liquidação do sector empresarial do Estado, para o entregarem de bandeja a grupos de amigalhaços nacionais e estrangeiros. É nesta linha de combate que continuamos a seguir, no momento em que o governo pretende entregar a CP CARGA à Mota Engil, presidida por Jorge Coelho, dirigente do PS.  

No caminho de ferro esta luta foi e continua a ser travada pelos comunistas, através da célula e das estruturas unitárias representativas dos trabalhadores, onde continuamos a ter um papel relevante e determinante.

A nossa luta não tem sido fácil. Recorrendo a todas as formas de engodo, os governos do PS e do PSD conseguiram, por vezes, dividir os trabalhadores, para desta forma atingirem mais facilmente os seus objectivos. A pulverização sindical, que é uma das grandes armas da direita, foi fomentada e até financiada.

O prestígio que os comunistas continuam a ter no meio ferroviário deve-se, sem dúvida, ao reconhecimento do mérito das nossas posições na defesa dos direitos dos trabalhadores e da firmeza com que nos temos batido por uma única empresa ferroviária, com um comando único e na esfera do Estado.

O recente desastre na Linha do Tua, mais uma vez veio comprovar que o desmantelamento da CP, com a criação de empresas e Unidades de Negócios para abrir caminho à privatização, só serviu para arranjar tachos para os “boys”, os quais, por sua vez, trataram de destruir quase totalmente a estrutura técnico – produtiva da empresa, substituindo-a pelo recurso desgarrado a empreiteiros, que delegam em sub – empreiteiros, de forma que, a certo ponto, a responsabilidade fica tão diluída que já ninguém pode pedir contas a ninguém. E o mais curioso, camaradas, é que o trabalho dos empreiteiros fica muitas vezes pelo dobro do preço praticados na CP e na REFER, com níveis de qualidade muito vezes inferiores.

Os preços dos bilhetes pagos pelos passageiros são em toda a Rede cada vez mais caros e inacessíveis, ao mesmo tempo que os salários reais dos ferroviários se degradam de ano para ano, isto numa empresa onde os administradores mudam de carro de luxo como quem muda de camisa e gozam de mordomias.

CAMARADAS,

O governo de direita do PS deu orientações ao Conselho de Gerência da CP para agir como um “fora da lei”.

No dia 1 de Outubro, a CP violou (novamente!) a lei:
- violou-a ao considerar a greve ilegal, quando até já tem uma decisão do Tribunal dando razão ao sindicato;
- violou-a ao substituir trabalhadores em greve;
- violou-a ao fazer circular comboios sem revisor para disfarçar a adesão à greve e desvalorizando a segurança dos passageiros;
- violou-a ao aplicar faltas injustificadas aos trabalhadores em Greve e ao descontar-lhes os dias adjacentes.

Não satisfeitos, avançaram com nova ilegalidade, agora com processos disciplinares para despedimento  a quem participou num piquete de greve. 

Mais grave ainda, não fosse a CP uma empresa pública, é que todo este comportamento anti-democrático do CG da CP é caucionado pelo Governo português, que continua a apoiar e estimular a violação da lei.

Os objectivos do Governo e do Conselho de Gerência são claros: intimidar quem defende os direitos dos trabalhadores, intimidar todos os trabalhadores, para ficar com melhores condições para atacar os Acordos de Empresa, aumentar a exploração dos ferroviários e privatizar a empresa.

A resposta só pode ser uma: a solidariedade activa com quem está a ser vítima destes processos disciplinares, e o reforço da unidade e luta de todos os trabalhadores na defesa da liberdade sindical!

 A luta continua.

VIVA O INTERNACIONALISMO PROLETÁRIO!
VIVAM OS TRABALHADORES PORTUGUESES!
VIVA O PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS!