Em nome da Organização Regional de Beja, saúdo todos os delegados e convidados ao XVIII Congresso, confiante em que sairemos daqui reforçados para prosseguir e intensificar a luta pela transformação revolucionária da sociedade e pela afirmação do ideal e projecto comunista.

Intervenção de João Farelo

Membro do Secretariado e do Executivo da Direcção da Organização Regional de Beja do PCP

Camaradas,

Em nome da Organização Regional de Beja, saúdo todos os delegados e convidados ao XVIII Congresso, confiante em que sairemos daqui reforçados para prosseguir e intensificar a luta pela transformação revolucionária da sociedade e pela afirmação do ideal e projecto comunista.

Na preparação do Congresso realizámos, para além dos debates sobre Emprego, Regionalização e Desenvolvimento Rural, e de um plenário regional de quadros com o Secretário-Geral, mais de cem reuniões e assembleias plenárias para discussão das Teses e eleição dos delegados, envolvendo mais de um milhar de camaradas. Foram todos chamados a contribuir, a reflectir e a discutir, individual e colectivamente. As Teses mereceram a concordância geral dos militantes e os delegados foram eleitos por um amplo consenso. Um Congresso assim, discutido, construído e realizado por todos, ao longo de meses, só é possível por ser o Congresso do Partido Comunista Português.

Mas não fechámos para Congresso, preparámo-lo intimamente ligado à vida e à luta. Vida que é cada vez mais difícil na nossa região, devido às políticas de sucessivos governos, forçando à partida e emigração de muitos jovens e ao abandono dos idosos à sua sorte, situações que só não são piores devido à intervenção das autarquias.

Para melhorar as condições de vida o desenvolvimento da região é determinante. Agora que Alqueva, projecto estruturante reivindicado pelo PCP há muitos anos, tende finalmente a concretizar-se, assiste-se a um surto de capitalismo agrário, maioritariamente de capital estrangeiro, centrado em algumas produções, e a uma forte especulação imobiliária. Hoje volta a impor-se uma profunda reestruturação fundiária através de uma nova reforma agrária e uma política agrícola que valorize a produção e a qualidade dos produtos regionais, assim como uma distribuição e utilização da água ao serviço do povo e da região. Da mesma forma, o Aeroporto Civil de Beja e importantes acessibilidades rodoviárias e ferroviárias devem ser concluídas de imediato, sem mais demoras.

O reforço da influência social, política e eleitoral do Partido é determinante para melhorar a vida das populações e para o progresso da região. Este reconhecimento traduziu-se em resultados positivos nas últimas eleições Legislativas e Autárquicas. Nas Presidenciais a candidatura do camarada Jerónimo de Sousa obteve uma importante vitória. Igualmente, no referendo da IVG, o “Sim” obteve o mais expressivo resultado a nível nacional.

Camaradas,

A luta intensificou-se. Luta contra a política de direita do Governo PS, pelo emprego com direitos, pela valorização dos salários, contra o Código do Trabalho e o aumento do custo de vida. Somos solidários com a luta dos trabalhadores da Administração Pública, a luta dos professores, a luta dos reformados e idosos pelo aumento das pensões e reformas, a luta das populações por melhores cuidados de saúde, serviços públicos e acessibilidades, a luta dos estudantes do Instituto Politécnico de Beja e dos estudantes do ensino secundário por uma educação pública, gratuita e de qualidade. Daqui saudamos especialmente a luta dos mineiros da Pirites Alentejanas pela laboração da mina e na defesa dos seus postos de trabalho, rejeitando a rapina do subsolo pelo grande capital.

E é na luta que o Partido se reforça. E tem sido o Partido e o seu reforço orgânico um dos aspectos mais abordados na preparação do Congresso. Apesar de avanços significativos nos últimos quatro anos subsistem dificuldades e obstáculos que têm de ser ultrapassados com mais discussão colectiva, definição de objectivos e controlo de execução. Todo este trabalho, que deve merecer a nossa atenção permanente, tem de avançar, tal como é proposto nas Teses, pois há enormes potencialidades reais de reforço, sobretudo nas empresas e locais de trabalho. É com esta dinâmica que lançámos há dias a nossa página Internet regional e organizaremos a Festa Alentejana e a homenagem a Catarina Eufémia em Maio do próximo ano, assim como enfrentaremos as batalhas eleitorais de 2009.

Estamos certos de que deste momento único de camaradagem, de debate, de análise e de proposta, de formação ideológica, e de luta, vamos sair construindo um partido mais forte, por Abril, pelo Socialismo.

Viva o XVIII Congresso!

Viva a JCP!

Viva o PCP!