Hoje, tivemos oportunidade de ouvir o Sr. Ministro da Agricultura na Comissão de Assuntos Económicos e de lhe dizer que quem não tem argumentos, como o Sr. Ministro e o Governo, insulta.
As declarações do Ministro da Agricultura sobre as organizações nacionais da agricultura
Intervenção de Agostinho Lopes na AR
Sr. Presidente,
Sr. Deputado Diogo Feio,
Hoje, tivemos oportunidade de ouvir o Sr. Ministro da Agricultura na Comissão de Assuntos Económicos e de lhe dizer que quem não tem argumentos, como o Sr. Ministro e o Governo, insulta. E o Governo português, pela voz do Sr. Ministro da Agricultura, está a insultar os agricultores portugueses, porque sabe que não estão a receber mais, mas menos e confunde aquilo que os consumidores estão a pagar a mais com aquilo que os agricultores não estão a receber.
O Sr. Ministro da Agricultura informou-nos que a agricultura não pode ser tratada como a pesca, porque a pesca tem uma situação diferente e até descobriu que tinha quotas, contrariamente à agricultura. Tivemos também oportunidade de lhe dizer que foi pena que, durante três anos, não tivesse descoberto que as pescas tinham problemas específicos e que só ao fim de uma paralisação geral do sector das pescas, que durou seis dias e custou milhões de euros ao País, é que o Sr. Ministro descobriu que este sector tinha necessidades e precisava de medidas especiais.
Sr. Deputado Diogo Feio, gostava de saber se entende ou não que, no actual contexto, os agricultores e a agricultura portuguesa precisam de medidas excepcionais: medidas excepcionais para o gasóleo; medidas excepcionais que reponham o apoio à electricidade verde; medidas excepcionais de intervenção num conjunto de mercados, como o da carne bovina ou o da batata que exigem medidas urgentes para repor o mínimo de rendimento aos agricultores.
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