Jerónimo
de Sousa, numa primeira avaliação aos resultados eleitorais na Madeira e com a
CDU a passar para terceira força política, sublinhou que «num quadro em que se
registou nas eleições regionais da Madeira uma expressiva vitória do PSD e
perante o enfraquecimento geral de outras forças, a CDU confirma-se como a
grande força política que resistiu consolidando uma base eleitoral resultante
dos grandes progressos verificados em anteriores eleições»
Sobre os resultados das eleições regionais na Madeira
Declaração de Jerónimo de Sousa Secretário-geral do PCP
1-
Havendo ainda a possibilidade da CDU passar a ser a terceira força política
regional e de reforçar o número de deputados, o PCP considera que num quadro em
que se registou nas eleições regionais da Madeira uma expressiva vitória do PSD
e perante o enfraquecimento geral de outras forças, a CDU confirma-se como a
grande força política que resistiu consolidando uma base eleitoral resultante
dos grandes progressos verificados em anteriores eleições.
A eleição de dois
deputados pela CDU - num quadro em que se verifica uma redução de 21 deputados
na Assembleia Legislativa Regional - constitui um resultado eleitoral positivo.
O resultado
eleitoral da CDU constitui uma importante vitória da determinação,
combatividade e confiança na possibilidade de construir um futuro com mais
justiça social, mais democracia e mais direitos.
2- O sucesso
eleitoral do PSD - que se constitui em si como um factor negativo quanto ao
futuro da região e da sua evolução do ponto de vista económico e social - é
inseparável das atitudes e decisões do governo do PS e do seu primeiro-ministro
José Sócrates que favoreceram não apenas a manobra de antecipação das eleições
como as condições de um sucesso do PSD e de Jardim.
A expressiva votação
obtida pelo PSD traduz, mais do que uma avaliação de mérito ou um testemunho de
confiança do eleitorado da região, uma significativa condenação dos
posicionamentos e políticas do PS e a sua descredibilização enquanto
alternativa credível quer política quer eleitoral.
3- A significativa
quebra eleitoral do PS não pode deixar de ser lida, a par de uma confirmada
descredibilização regional, sobretudo, como uma expressiva condenação das
políticas de direita e da ofensiva contra direitos e conquistas sociais
prosseguidas pelo governo de José Sócrates que atingem duramente a população da
região e, em particular, vastos sectores de trabalhadores.
4-
Honrando os compromissos assumidos o PCP reafirma a sua determinação em
prosseguir a sua intervenção em defesa dos direitos dos trabalhadores, dos
interesses da população e dos desenvolvimento da região. Uma intervenção que
terá expressão na apresentação na Assembleia Legislativa Regional das propostas
com vista à concretização das medidas imediatas que apresentou ao eleitorado e
na luta futura em que a greve geral do próximo dia 30 de Maio assume particular
importância.
5-
O PCP saúda as centenas de militantes e activistas do PCP e da CDU que
intervieram nesta importante batalha política por uma Madeira melhor, mais
solidária e mais justa e reafirma aos milhares de eleitores que confiaram na
CDU que o seu apoio e o seu voto será integralmente respeitado e colocado ao
serviço da luta em defesa dos seus próprios direitos, das suas aspirações a uma
vida melhor e a um futuro de esperança.
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