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O dia 18 e o dia 28
Artigo de Vitor Dias
Sexta, 26 Junho 1998
A vota??o de domingo impede-nos de assinalarmos, com a justa pompa e a merecida circunst?ncia, esse dia maior na hist?ria da imprensa portuguesa, nem mais nem menos que o dia 18 de Junho de 1998, o dia em que Belmiro de Azevedo conseguiu publicar simultaneamente no ?P?blico?, no ?JN? e no ?DN? o mesmo artigo de opini?o.Engana-se quem pensa que exageramos. Os factos falam por si. Belmiro de Azevedo conseguiu o que at? aqui s? a publicidade ou as antigas notas oficiosas garantiam. E, n?o sendo de crer que tenha escondido de cada jornal que propusera o mesmo artigo aos outros dois, conseguiu aquilo que seria sempre recusado mesmo ao pol?tico nacional mais brilhante ou prestigiado, ao escritor mais famoso, ao comentador mais cintilante. Conseguiu aquilo que, com alta probabilidade, jamais se verificou em toda a hist?ria da imprensa escrita portuguesa.? o atrevimento de quem prop?e (ou talvez melhor a arrog?ncia de quem manda) e a rever?ncia de quem aceita (ou talvez melhor a depend?ncia de quem obedece) que marcam esta nova situa??o na imprensa portuguesa e convidam imperativamente a preocupadas reflex?es.Mas, voltando ao referendo de domingo, s? quer?amos sublinhar que, como assinalou certeiramente Vicente Jorge Silva, os principais campe?es do n?o quanto mais falam mais se lhes descobre a careca.Como se demonstra, por exemplo, com o seu recurso particularmente insistente ? oposi??o a que sejam os ?nossos impostos? a financiar a IVG em hospitais p?blicos. Nem ? preciso dizer que, entre outras pervers?es, esta l?gica mesquinha da ?objec??o fiscal?, em coer?ncia, deveria ent?o levar a que defendessem a recusa de tratamento no servi?o nacional de sa?de das mulheres atingidas por les?es causadas pelo aborto clandestino.O que ? preciso dizer ? que estes falsos ?moderados? do n?o (os da ?Solidariedade e Vida?) come?aram por falar de f?, de altos valores espirituais e do ?direito ? vida? e acabam a falar de notas de conto. Parecem ter desistido de ganhar consci?ncias pelo debate das ideias para passarem a apostar no racioc?nio ego?sta das algibeiras. ? este o seu verdadeiro retrato moral e humano. E de classe, pois ent?o.Estes falsos ?moderados? s?o, em boa medida, apenas a ?til fachada dos ?radicais? de que s?o c?mplices, como fica arrasadoramente demonstrado quando se v?em slogans e grafismos do ?Solidariedade e Vida? a ser usados num repugnante tempo de antena do ?Vida Norte? (com as crian?as a ver, sai um V-Chip, dr. Portas?; e, Prof. Marcelo, sai uma pena de pris?o para os que picam fetos com seringas s? para obter filmes de propaganda?).S?o muito bonzinhos estes e outros campe?es do n?o. Eles n?o querem penalizar ningu?m, ora essa. S? querem manter na lei a pena de pris?o at? 3 anos para as mulheres que recorram ao aborto.Eles t?m muita compreens?o pelos dramas do aborto clandestino e pelos sofrimentos das mulheres que a ele recorrem, ora essa. S? querem que o aborto continue clandestino com todas as consequ?ncias que bem sabem.
 

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