Início arrow Inicio
Distrito de Évora - António Serralha
Domingo, 25 Novembro 2007

 

António Serralha


A política de direita acentuou as assimetrias regionais e contribuiu para o despovoamento do interior do País, concentrando as populações no litoral, tem contribuído também para a perda de qualidade de vida das populações nessas zonas.
 O Plano Nacional de Políticas de Ordenamento do Território (PNPOT) do QREN assume esta política como um facto consumado aliado a uma lei de Finanças Locais que compromete o futuro de grande parte das autarquias. O encerramento de centenas de escolas do 1.º ciclo, unidades de saúde e postos da PSP e da GNR e serviços públicos no interior, assente no abandono do sector primário e no despovoamanto produtivo são a expressão de uma política que urge rever e inverter.

 


A luta das populações como aconteceu em Vendas Novas em defesa da manutenção das urgências no Centro de Saúde, tem sido determinante na defesa dos interesses e direitos das populações.
Não foi só em Vendas Novas que se lutou contra a prepotência do governo, foi também em Arraiolos e Estremoz contra o encerramento das escolas, em Montemor-o-Novo pela manutenção das urgências/Sap no centro de saúde e em muitas outras localidades. Há luta e resistência!


As políticas dos sucessivos governos quer do PS quer do PSD/CDS tem conduzido à desertificação humana e está a atingir níveis muito preocupantes. No Distrito de Évora só o concelho de Vendas Novas não perde população e tem mesmo vindo a crescer, sendo muito importante a  iniciativa da Câmara Municipal de Vendas Novas com entidades privadas que construiu um dos Parques Industriais mais dinâmicos do Alentejo onde hoje laboram mais de 1000 trabalhadores.


O índice de envelhecimento do interior é gritante sendo o mais grave desde 25 de Abril de 1974, é estruturante e sem perspectivas de inversão nas próximas décadas.
Esta política está a conduzir o País e em particular o interior a uma situação de profundas desigualdades sociais e assimetrias regionais, a graves défices estruturais, ao desornamento do território e a persistentes problemas ambientais. No caso concreto do Alentejo a destruição da Reforma Agrária, a reconstituição da propriedade latifundiária, a PAC e as políticas agrícolas de direita foram determinantes para a desertificação.


Estabelecer uma organização económica e social visando garantir e responder a importantes direitos económicos, sociais dos trabalhadores e do povo, a segurança no emprego e o direito ao trabalho, à segurança social, à protecção na saúde, a uma habitação adequada e contribuir para a unidade de igualdade de direitos para todos os cidadãos é um preceito constitucional que o Governo  não cumpre e o Presidente da Republica tarda  fazer cumprir.
Coloca-se a necessidade de uma política alternativa para desenvolver o País e em particular o seu interior. Essa alternativa só será possível numa rotura com esta política de direita e com o insubstituível contributo do PCP.
VIVA o PCP