Partido Comunista Portugu�s
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Distrito de Setúbal
Quinta, 03 Julho 2008

peninsula_setubal.jpgNa discussão na AR do projecto do PCP, Francisco Lopes referiu que «a concretização de uma estratégia de desenvolvimento do Distrito de Setúbal» permite «aproveitar as potencialidades da região» dando «resposta à fragilidade da estrutura económica, à degradação da situação social e à insuficiência de investimentos (...), problemas criados por sucessivos governos e agravados pelo actual.»

 

 

Estratégica de desenvolvimento para o distrito de Setúbal: Plano de Desenvolvimento Integrado da Península de Setúbal (PDIPS); Plano de Desenvolvimento Integrado do Alentejo Litoral (PDIAL)

Intervenção de Francisco Lopes na AR 

 

Senhor. Presidente

Senhores Deputados

O Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português propõe à Assembleia da República a concretização de uma estratégia de desenvolvimento do Distrito de Setúbal (projecto de resolução n.º 220/X), que prosseguindo a experiência do PEDEPS e de outras iniciativas das autarquias e das associações de municípios, se expressa nos planos de desenvolvimento integrado da Península de Setúbal e do Alentejo Litoral.

Trata-se de aproveitar as potencialidades da região que, apesar dos avanços inseparáveis da intervenção do poder local, estão muito longe de ser aproveitadas trata-se de dar resposta à fragilidade da estrutura económica, à degradação da situação social e à insuficiência do investimentos e dos serviços públicos, problemas criados por sucessivos governos e agravados pelo actual.

Trata-se de enquadrar e aproveitar o impacto de importantes infra-estruturas, integradas na proposta do PCP, que o Governo PS recusou durante anos, numa obstinação que incluiu a utilização de declarações insultuosas e ridículas como as proferidas pelo ministro Mário Lino, mas que acabou por ser obrigado a decidir favoravelmente.

Agora a implantação do aeroporto, a alta velocidade ferroviária, a ponte Chelas/Barreiro e os investimentos que comportam, não podem ser pretexto para o corte ou limitação do investimento que garanta o equilíbrio no desenvolvimento do conjunto do território. Não podem ser, como muitas vezes tem acontecido por todo o País, vias que façam passar o desenvolvimento ao lado das regiões e das populações que deviam servir.

É necessário e o PCP propõe objectivos e grandes linhas do desenvolvimento integrado, programas estruturantes e projectos estratégicos e a criação de soluções institucionais, para a sua coordenação, dinamização e acompanhamento, que articulem o poder central com o papel decisivo do poder local, do associativismo municipal e a participação de outras instituições, associações e entidades.

Ao invés de uma visão caótica, subordinada á lógica das multinacionais e dos grandes grupos económicos e financeiros, aponta-se uma visão global sobre problemas a resolver, potencialidades a aproveitar, com a definição de grandes vectores estratégicos que permitam integrar pequenos e grandes projectos, investimento público e privado, nacional e estrangeiro, não contra (ou à margem), mas contribuindo para o desenvolvimento e a qualidade de vida, com o Estado a assumir as suas responsabilidades.

Tal é o conteúdo do projecto do PCP para o desenvolvimento de Setúbal que constitui uma necessidade ainda mais importante e mais actual no quadro dos graves problemas que o País enfrenta.