Partido Comunista Portugu�s
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Exigibilidade do IVA dos Serviços de Transporte Rodoviário Nacional de Mercadorias - Intervenção de Honório Novo na AR
Quarta, 07 Janeiro 2009

logo-pcp.jpgO Governo começa hoje a "dar a mão à palmatória".
Esta proposta de lei - que cria o designado IVA de caixa para os transportadores - é o primeiro acto concreto para emendar, corrigir e dar o "dito por não dito". Sobre quase tudo o Governo rejeitou num orçamento completamente virtual e mentiroso que teimou em aprovar aqui há cerca de um mês.

 

 

Regime especial de exigibilidade do IVA dos serviços de transporte rodoviário nacional de mercadorias

Sr. Presidente,
Sr. Ministro,
Sr. Secretário de Estado:

Acho que hoje o Governo começa a «dar a mão à palmatória».

Esta proposta de lei (proposta de lei n.º 240/X), que cria o IVA de caixa para os transportadores, é o primeiro acto, embora avulso, para emendar, para corrigir, para dar o dito por não dito a quase tudo o que o Governo rejeitou num Orçamento virtual e mentiroso, passe a expressão, que teimou em aprovar aqui, há cerca de um mês.

Em Novembro de 2008, introduzir o IVA de caixa era demagogia, era mais uma proposta irrealista do PCP, dizia o Sr. Secretário de Estado, tal como em Novembro de 2007, esta maioria e este Governo rejeitaram as propostas do PCP que pretendia introduzir o IVA de caixa para todas as actividades económicas relacionadas com a Administração Pública.

Quinze dias depois, em Dezembro de 2008, veio o Governo anunciar o que tinha rejeitado.

Veio anunciar que vai apresentar nesta sede, já para a semana, essa nova metodologia.

Em Novembro de 2008, até o PSD já tinha reconhecido o erro e até o PSD também já tinha avançado com propostas idênticas às que o PCP apresentara um ano antes.

A excepção teimosa, a cegueira política continuaram a atingir o Sr. Secretário de Estado, o Governo e esta maioria.

Há apenas um mês, o Governo, isto é, o Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, dizia, nesta Sala, que não estava disposto a aceitar a introdução do IVA de caixa em mais nenhuma área económica.

Lembra-se, Sr. Secretário de Estado?

O Grupo Parlamentar do PCP chegou mesmo a perguntar-lhe se, já então, o Governo não estava a pensar introduzir o IVA de caixa para os transportadores.

Lembra-se, Sr. Secretário de Estado?

Seis dias depois, o Governo entregou na Assembleia a proposta de lei que hoje estamos a debater.

Porém, o Governo insiste numa atitude autista do ponto de vista político: em vez de emendar a mão e reconhecer o erro, apresenta uma lista de pretextos para justificar a mudança.

Invoca a subida de preço dos combustíveis - vejam lá! -, invoca o carácter excepcional de uma medida que, felizmente, vem para ficar.

O Governo justifica a sua mudança de opinião com uma directiva comunitária, quando a mesma é bem antiga e também vai permiti-lhe alargar o IVA de caixa a outros sectores económicos que se relacionam com a Administração Pública, tal como já foi anunciado.

«Mais vale tarde que nunca», Sr. Secretário de Estado, diz o povo, e com razão!

Pena é que este Governo e os senhores obriguem o País a perder tanto tempo! Pena é que, por teimosia política, o Governo insista obstinadamente em prejudicar, até ao limite do inaceitável, as micro e as pequenas empresas deste país.

Isto é que é inaceitável!