A Associação dos Orizicultores de Portugal demonstrou a sua preocupação com uma doença que afeta a produção de arroz na região Centro (Baixo Mondego e Vale do Vouga). Esta doença – a pririculariose – mostrou a sua verdadeira dimensão aquando da realização da ceifa e as suas consequências são mais gravosas no Vale do Pranto e Arunca, correspondendo a uma área de cerca de 4000 hectares de plantações de arroz.
Nestas áreas estima-se que a perda de rendimentos possa chegar aos 30%, mas existem agricultores em que essa perda é muito maior. Nalguns casos o rendimento obtido com a colheita não cobrirá os custos com a ceifa.
A doença e as suas implicações têm vindo a agravar-se nos últimos três anos.
Posto isto, com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por este meio e com carácter de urgência, perguntar ao Governo, através do Ministério da Agricultura e do Mar, o seguinte:
1. Os serviços do Ministério estão a acompanhar este problema?
2. Estão a ser feitos levantamentos das quebras de rendimento na região Centro?
3. Qual a dimensão conhecida do problema?
4. O problema existe noutras regiões produtoras de arroz?
5. Que iniciativas sanitárias foram tomadas no sentido de controlar a doença?
6. Estão equacionadas medidas de compensação para os orizicultores face à perda de
rendimento provocada pela pririculariose?