Senhor Presidente,
A valorização do trabalho e dos trabalhadores é uma condição de justiça social e também de desenvolvimento nacional.
Um país que não valoriza os seus trabalhadores, os seus salários, as suas carreiras e profissões, as suas condições de trabalho é um país flagelado pelas injustiças e desigualdades sociais e, também, um país com menos condições de desenvolvimento.
Um governo que executa uma política de ataque aos direitos laborais e sociais é um governo que prejudica diretamente os trabalhadores, o povo e o país para servir os interesses de quem explora o trabalho. Precisamos de romper com esse caminho. Precisamos de uma política de valorização dos trabalhadores, das suas condições de trabalho e das suas qualificações como fator de desenvolvimento e de justiça social.
E, mesmo quando o poder político recusa esse rumo, é na luta dos trabalhadores que encontramos a solução. O exemplo dado pelos trabalhadores portugueses nas empresas CP (Comboios de Portugal) ou AUNDE (do sector automóvel) são exemplos claros desse caminho que é possível fazer, mesmo quando o poder político se coloca do lado de quem explora os trabalhadores.
Os trabalhadores da AUNDE, que, não tendo resposta da empresa às suas reivindicações, fizeram uma greve e continuam a lutar pelos seus direitos, são uma inspiração para todos os trabalhadores, não apenas portugueses, mas também europeus.