Nš 03/2002 de 27.01.2002
CDU apresentou lista para o círculo de fora da Europa
A CDU apresentou esta semana em conferência de imprensa em Lisboa a
lista que vai propor à votação dos eleitores portugueses
da emigração transatlantica (Circulo de Fora da Europa). Ana
Maria Cerqueira, empresária, residente em São Paulo, no Brasil,
é a cabeça de lista, a que se segue Júlio Rosado, Técnico
de Turismo em Toronto, no Canadá. A lista inclui ainda Lídio
Vales, residente Sydney, em representação da Austrália,
e Helena Cunha, documentalista, residente na capital de Angola.
PCP vai debater problemas da Emigração no Luxemburgo
Inserido num conjunto de iniciativas que já haviam sido decididas antes
da marcação de eleições, sob o lema Emigração
e Comunidades no Século XXI, o PCP vai realizar um debate no
Luxemburgo no início do próximo mês, no qual participarão
o deputado Rodeia Machado e Honorata Martins que faz parte da lista da CDU
às próximas eleições. O PCP enviou um convite
a estruturas, dirigentes e activistas da comunidade portuguesa no Grão
Ducado para que participem nesta iniciativa de debate aberto sobre temas tão
importantes como o futuro do ensino da língua portuguesa, as reformas,
o movimento associativo e todas as questões pertinentes para a comunidade
portuguesa do Luxemburgo. O encontro realiza-se a partir das 15 horas do dia
9 de Fevereiro (Sábado), na sede do CLAE (26, rue Gasperich) na cidade
do Luxemburgo.
Rodeia Machado é de novo candidato em Beja
O deputado Rodeia Machado, eleito pelo Círculo de Beja, tem tido nos
últimos anos as suas tarefas acrescidas com a representação
das questões da Emigração na Assembleia da República.
Tem exercido a tarefa com o brio, interesse e profissionalismo que é
apanágio dos deputados comunistas, mesmo representando uma área
onde o PCP não teve eleitos e que bem fazem falta para uma melhor defesa
dos interesses das Comunidades Portuguesas no Parlamento. Nas eleições
de 17 de Março, Rodeia Machado é de novo candidato pelo seu
Distrito e faz votos para que as suas tarefas possam ser aliviadas, já
que seria sinal que as comunidades teriam eleito deputados da CDU para a próxima
legislatura.
Encontro Nacional do PCP prepara campanha eleitoral
Decorreu hoje no Centro de Congressos da FIL em Lisboa um Encontro Nacional
do PCP sobre as próximas eleições legislativas que teve
a participação de cerca de dois milhares de militantes de todas
as estruturas do Partido. Concluir as listas e preparar as tarefas da intervenção
do PCP na campanha eleitoral foi o objectivo deste Encontro. No final dos
trabalhos, em sessão pública, o Secretário-Geral do PCP,
Carlos Carvalhas, proferiu um importante discurso onde escalpelizou o que
têm sido a governação do PS, que em aspectos essenciais
não se distanciou da política anteriormente desenvolvida pelo
PSD, partido que agora se apresenta como se não tivesse nada a ver
com as situações negativas que se vivem em Portugal nos planos
económico, social e outros. Reforçar a votação
da CDU e impedir maiorias absolutas de qualquer desses partidos é um
objectivo a atingir. O que qualquer deles pretende é, com poderes absolutos,
levar por diante sem entraves as políticas mais gravosas para os trabalhadores
e as camadas médias, num constante favorecimento ao grande capital
com graves consequências na injusta repartição da riqueza
que se verifica em Portugal, salientou Carlos Carvalhas.
União Europeia quer mais privatizações de serviços
públicos essenciais
Prosseguindo velhas políticas já desenvolvidas por Reagan na
América ou pela senhora Tatcher no Reino Unido, a Comissão Europeia
insiste em acelerar a abertura a privados do caminho de ferro em toda a União
e ameaça impor à força a liberalização
do sector do gás e electricidade que nalguns países, como a
França e a Alemanha, ainda são de empresas públicas.
As pretensas vantagens estão por provar, ao contrário das desvantagens
que já foram bem trágicas no caso dos caminhos de ferro ingleses.
A resistência dos trabalhadores, da opinião pública e
dos utentes que reclamam serviços públicos de qualidade têm
atrasado os intentos privatizadores dos neoliberais. Mas voltam sempre à
carga, pelo que também aqui a luta que terá de ser reforçada.
Situação Internacional Mais vítimas da globalização
imperialista
Os últimos meses têm sido férteis no agravamento de tensões
internacionais a que não são alheias as políticas da
dita globalização capitalista à força. Não
são só os efeitos do ataque ao Afeganistão em que os
EUA respondem ao terrorismo fundamentalista com o terrorismo de Estado, é
também o caso da Palestina em que Israel (protegido pelos EUA) inviabiliza
todos os acordos e prossegue uma política de terra queimada, agredindo
contínuamente o povo palestiniano, provocando mais terrorismo e novos
ataques com vista a manter por mais tempo possível aquele povo sem
o Estado a que tem direito. Mas é também no plano económico
que se verifica a rapina do capital como acontece agora na Argentina. Aqui,
um bando de senhoritos endividou e saqueou o país, pôs-se ao
fresco com milhões de dólares, enquanto que os trabalhadores
e o povo são reduzidos à miséria e o país do tango
entra em falência. Até quando continuará o desvario globalizador
neoliberal?