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É Eleito na Assembleia Municipal do Porto. |
"(...) A Área Metropolitana do Porto deve reforçar as suas competências e legitimidade democrática, mas nem o Governo nem as forças políticas dominantes parecem nisso estar interessados. O que é bem diferente da pretensão, ainda há dias expressa por um empresário de empresários, de fazer de Gaia um bairro do Porto, o que significaria, tendencialmente, fazer de Gaia um imenso dormitório suburbano. Poderá revelar-se útil a criação de novos modelos de cooperação intermunicipal, desde que devidamente ponderados os inconvenientes e vantagens e sempre auscultadas as populações. Mas o que falta a Gaia não é tornar-se ainda mais periferia do Porto, é sim, criar a sua própria centralidade: na cultura, no turismo, no comércio, na vida económica, no desporto, conservando e valorizando a sua identidade. O que falta é mais capacidade reivindicativa em relação ao Poder Central, que tanto tem lesado o conselho, designadamente nas acessibilidades e nos equipamentos sociais e recursos humanos, com relevo para a rede de cuidados primários de saúde. O que falta é uma nova estratégia de desenvolvimento, é recuperar atrasos, ultrapassar impasses, imprimir uma nova dinâmica, operar um salto de qualidade na vida municipal. Estes são propósitos da CDU, em coerência com a sua intervenção nos órgãos autárquicos, que sempre tem privilegiado o interesse público, a busca de soluções, a crítica adequada, a proposta de alternativas, sem recurso à chicana, ou à agressividade estéril, que só desprestigiam o Poder Local Democrático, actuando sempre com elevado sentido de responsabilidade, tendo como objectivo o desenvolvimento do município. Muitos Gaienses conservam a memória do que foi a actuação dos vereadores da CDU, que deixaram obra útil e perdurável, um trabalho que pretendemos retomar no próximo mandato. Os actuais eleitos da assembleia municipal honram este património de trabalho, honestidade e competência. Hoje, além destas características, da transparência, do controlo democrático, do primado do interesse público, a diferença da CDU está na gestão participada que defende e pratica, no permanente contacto com as populações, na edificação do que designamos por democracia de proximidade. A Coligação Democrática Unitária é um espaço plural, onde estão comunistas, outros democratas, muitos independentes, que demonstram, pela experiência e provas dadas, que é o polo dinamizador capaz de implantar uma política alternativa à que tem sido praticada pela dupla hegemonia partidária até hoje dominante. Estamos nestas eleições para crescer, reconquistar e reforçar posições nos órgãos autárquicos. Com confiança, e o trabalho de todos, certamente conseguiremos. 12 de Maio de 2001 |