António Jorge Marques
Cabeça de Lista da CDU à
Câmara Municipal de Vila do Conde

Médico - Assistente Graduado e Consultor de Psiquiatria da Carreira Hospitalar e Especialista em Psiquiatria pela Ordem dos Médicos. 53 anos.
Exerce Psiquiatria no Centro Regional de Alcoologia do Porto e no consultório nas Caxinas, Vila do Conde.
Foi membro da Direcção Académica de Luanda.
Foi membro do Conselho Pedagógico e da Assembleia de Representantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
Fundador do Sindicato dos Médicos.
Foi Eleito na Assembleia Municipal de Vila do Conde.
É membro da Comissão Concelhia de Vila do Conde do PCP

" (...) O Concelho de Vila do Conde continua a apresentar carências em sectores Primários, absolutamente inadmissíveis, e que demonstraram à evidência as preferências políticas de quem tem gerido o nosso concelho.

Os índices de Cobertura do Concelho em Saneamento e Abastecimento de Água são os mais baixos da Área Metropolitana, estando a maior parte do nosso concelho sem que até agora estes problemas tão básicos sejam resolvidos. Muito nos espanta agora que, os mesmos que estão no poder há um quarto de século, venham, finalmente, proclamar de forma bombástica, que a resolução destes problemas será a sua nova e grande paixão. (...)

Nestes anos, o exercício das liberdades democráticas, que Abril propiciou, não se verifica em Vila do Conde. A Câmara não permite que outras forças políticas manifestem a sua opinião, socorrendo-se de meios que degradam o que deveria ser um belo ambiente de confronto político.

A Câmara abusa do seu poder, extravasa as suas competências, assume-se como gabinete de censura prévia que o 25 de Abril há muito baniu.

A CDU e o PCP têm sido as principais vítimas deste comportamento pouco adequado, senão mesmo censório e como tal anti-democrático da Câmara, porque mostramos que existimos no dia-a-dia da vida deste concelho e não só nos períodos eleitorais.

Não concebemos uma gestão Municipal em que a taxa de execução em investimentos seja, de forma sistemática, todos os anos, inferior a 40%. Todos os anos cerca de 100 obras prometidas ficam por realizar, grande parte delas arrastando-se de ano para ano.

O objectivo é a propaganda, a renovação de promessas, a exploração de expectativas geradas pelos munícipes.

Tal comportamento significa desprezo pela Assembleia Municipal que discute e aprova o Plano de Actividades que nada tem a ver com a realidade, que pela sua amplitude, fica a sua concretização à mercê das inspirações políticas da Câmara.

Dentro em breve apresentaremos o nosso programa para a Câmara de Vila do Conde, que queremos, seja participado por todos os que desejam o efectivo desenvolvimento do nosso concelho.

Mas, desde já, podemos adiantar os traços fundamentais deste programa:

  • A vivência democrática, com respeito pelo exercício do direito de opinião, isto conjugado com o respeito pelo ambiente, que se saiba ninguém tem contrariado;
  • A resolução de inadmissíveis carências em termos de saneamento e abastecimento de água existentes no Concelho, considerando-as prioritárias na definição de Prioridades e afectação de recursos;
  • O desenvolvimento harmonioso de todo o Concelho, de forma a minimizar as assimetrias já existentes. A descentralização de competências, acompanhada dos correspondentes meios financeiros para as Juntas de Freguesia, pois estes são órgãos de Poder mais próximos da população e que melhor sentem os seus problemas;
  • A participação da população e das suas estruturas libertas das pressões camarárias, dando oportunidade a que cada um pense, crie, critique e participe na diversidade de opinião, no desenvolvimento de um concelho vivo, dinâmico e plural.

Tudo isto é possível, mas sê-lo-á ainda mais com a eleição, pela primeira vez de um Vereador da CDU para a Câmara. (...)"

19 de Julho de 2001