Joaquim António Miranda da Silva
Cabeça de Lista da CDU
à Câmara Municipal de Portalegre

É licenciado em Economia pelo ISE/Universidade Técnica de Lisboa. Tem 50 anos. É natural e reside em Portalegre.
Foi professor no Liceu e na Escola Comercial e Industrial de Portalegre.
Foi Membro da Comissão Nacional do MDP/CDE e foi Cabeça de Lista, no círculo de Portalegre, nas primeiras eleições pós 25 de Abril.
Exerceu funções no Ministério da Agricultura e no Secretariado das Cooperativas Agrícolas do Distrito de Portalegre.
Foi Deputado à Assembleia da República entre 1980 e 1986.
Colabora regularmente com o Instituto Politécnico de Tomar.
É Deputado ao Parlamento Europeu desde 1986.
Foi Presidente do Grupo Coligação de Esquerda, Vice-Presidente do Grupo Comunista e Afins e Membro da Direcção do Grupo da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica.
É Presidente da Comissão para o Desenvolvimento e a Cooperação e Membro (suplente) da Comissão para os Transportes, a Política Regional e o Turismo do Parlamento Europeu.
É Vereador na Câmara Municipal e foi Membro da Assembleia Municipal de Portalegre.
É Membro da Direcção da Organização Regional de Portalegre do PCP.

"(...) O PCP e a CDU entenderam convidar-me a apresentar a minha candidatura à Presidência da Câmara Municipal de Portalegre.

Naturalmente, sinto-me sensibilizado e honrado por este novo convite.

E decidi aceitá-lo por considerar, antes de mais, que esta candidatura corresponde a uma vontade de muitos portalegrenses que querem ver alterado o estado de atraso e de apatia a que chegou o nosso concelho e também por entender que chegou o momento de os que aqui vivem e trabalham despirem camisolas e se unirem em torno de um projecto de futuro.

Com efeito, esta é uma candidatura que, apresentada e apoiada pela CDU, queremos aberta a todos os que querem contribuir para o progresso do nosso concelho.

Foi com este espírito de total abertura que agimos nos últimos anos, como vereador; é com esse espírito que partimos para esta campanha eleitoral que se aproxima; e é com essa mesma determinação que constituiremos as listas de candidatos aos diferentes orgãos autárquicos.

Nas últimas eleições municipais, quatro anos atrás e após uma campanha eleitoral entusiástica e confortante, foram já muitos os que deram um passo no sentido da aproximação à candidatura que então apresentámos.

E mais não foram porque alguns duvidaram ainda da minha efectiva disposição em permanecer em Portalegre, se fosse eleito para a presidência da Câmara. E também porque alguns se determinaram por injustificados preconceitos ou até porque ainda quiseram dar o benefício da dúvida a outra candidatura, mesmo se ela já então os não entusiasmava.

Acredito que, desta vez, muitos mais estarão connosco.

E assim é porque muitos dos mais importantes problemas do concelho continuam por resolver. Sobre alguns deles me referirei mais adiante.

Também porque, passados estes anos do presente mandato - que assumi como vereador, mesmo se a tanto não me tivesse comprometido - ninguém de boa fé duvidará agora que assumirei por inteiro a responsabilidade máxima da administração municipal.

A este propósito e com toda a convicção e solenidade quero reafirmar que, se for eleito Presidente da Câmara de Portalegre, não hesitarei, um momento sequer, em abandonar o Parlamento Europeu.

Aliás, com mais de quinze anos de exercício de funções e sendo já o mais antigo deputado português nessa instituição, julgo inopinado que alguém se arvore ainda no direito de me exigir que continue a exercê-las por mais tempo.

Depois, é hoje mais do que nunca evidente que existe experiência, conhecimento e influência nesta candidatura; é uma candidatura com ideias e com projectos; e, fundamentalmente, é uma candidatura com uma enorme vontade de lhes dar concretização.

E só essa vontade - e nada mais - determina esta candidatura.

Aliás, o exercício do mandato de vereador, a forma responsável e activa como o desempenhámos, as inúmeras propostas e sugestões que formulámos - e que muitas vezes caíram em saco roto, mesmo quando aprovadas - testemunham isso mesmo. (...)"

25 de Abril de 2001