"(...) A CDU tem um projecto diferente para Oeiras, e tem experiência, autoridade moral e política, capacidade e competência para o realizar. Um projecto que se propõe construir com a comunidade municipal e que representa perante ela um compromisso irrenunciável: o de ser impermeável às pressões dos interesses e dos negócios, o de não ceder à satisfação de clientelas partidárias. Um compromisso de construir um futuro melhor para o nosso Concelho, mais humano e mais solidário, intransigente na protecção do ambiente e na defesa da qualidade de vida de todos os oeirenses, sem excepção.

Neste contexto, e sem prejuízo de um necessário aprofundamento, para o qual contamos com a colaboração e contributo dos muitos militantes, simpatizantes e apoiantes da CDU, queremos desde já reafirmar alguns pontos fundamentais desse compromisso programático que iremos assumir perante os oierenses:

Uma política ambiental que promova a recuperação das ribeiras que atravessam o Concelho, reconverta e melhore a rede de saneamento básico assegurando a ligação de todos os esgotos domésticos e industriais aos emissários do interceptor geral do Sistema da Costa do Estoril, remova os entulhos e lixeiras disseminadas pelo Concelho, melhore a limpeza e higiene urbanas, construa mais espaços verdes e os trate melhor, defenda e valorize o património ambiental e paisagístico da Serra de Carnaxide, da orla ribeirinha e do Vale do Jamor.

Uma política urbanística de respeito escrupuloso pelo PDM e de avaliação da sua execução com vista à sua eventual revisão, promovendo o desenvolvimento integrado e sustentável do concelho, com uma particular atenção às questões do ambiente e à capacidade de carga do território. E, assim, uma política que impeça a construção de novas urbanizações sem a prévia ou concomitante execução das infra-estruturas de suporte indispensáveis, designadamente ao nível da acessibilidade, equipamentos, transportes e parqueamento; e que estabeleça uma programação financeira que viabilize a concretização das o PDM nos prazos adequados.

Uma política de habitação social, que não se esgote no realojamento das famílias que vivem em barracas, abrangendo também as muitas que residem em casas degradadas. E que adopte um modelo de gestão e manutenção do parque habitacional com uma forte componente de acção e integração social, mediante um maior incentivo, apoio e cooperação com as associações locais, bem como a construção de equipamentos colectivos e zonas verdes nos bairros sociais.

Uma política de reabilitação dos núcleos históricos e áreas urbanas degradadas, que alargue a intervenção da Câmara, que neste momento se encontra limitada aos centros históricos de Oeiras e de Paço de Arcos aos restantes núcleos urbanos antigos do concelho.

Uma política mais preocupada com os problemas das populações e mais disponível para a cooperação com o movimento associativo (...)

Uma gestão mais rigorosa, participada e transparente, através de uma drástica contenção de despesas de representação e de publicidade, de uma mais efectiva descentralização de competências nas Juntas de Freguesia, de um atendimento público mais eficiente, de um apoio mais significativo às estruturas associativas do Município, de uma valorização do funcionamento colegial da Câmara, de uma maior receptividade às aspirações e propostas da comunidade. (...)"

5 de Junho de 2001