Francisco Duarte
Cabeça de Lista da CDU
à Câmara Municipal de Odemira

Arquitecto. 51 anos. Casado. Tem 5 filhos. Independente.
Foi Director do Gabinete de Apoio Técnico - GAT de Castro Verde.
Foi Director dos Serviços Técnicos da Câmara Municipal de Castro Verde.
Director do Departamento Técnico da Câmara Municipal de Odemira.

"(...) Queria, desde já expressar alguns compromissos e princípios que nortearão toda a nossa actividade próxima e futura.

É urgente estancar a grave hemorragia demográfica que atinge o nosso concelho. Para além das fortes migrações internas das freguesias do interior para as do litoral, os primeiros resultados conhecidos dos Censos 2001 apontam para um novo decréscimo populacional.

É urgente criar as condições mínimas que garantam a permanência dos jovens no nosso concelho e que possamos atrair muitos outros.

Para isso é necessário priorizar a intervenção autárquica junto do tecido empresarial local/regional, apoiando e dinamizando a sua capacidade própria e contribuindo para a promoção do emprego e a diversificação da base económica local;

Para isso é necessário estabelecer uma estratégia de captação de investimento de fora do concelho, privilegiando os sectores com capacidade de indução de efeitos multiplicadores numa perspectiva de consolidação, inovação e modernização do tecido económico local;

Para isso é necessário implementar estratégias e programas de acção intermunicipal por forma a, por um lado, ultrapassar os constrangimentos decorrentes dos baixos limiares económicos do Município e, por outro, potênciar os efeitos de sinergia, de escala e de coerência territorial de um projecto de desenvolvimento.

Em paralelo, a melhoria das condições de vida das populações é imprescindível e essencial para a sua fixação. Muito já foi concretizado nos domínios das infra-estruturas básicas, das acessibilidades, do ensino, da saúde e acção social, etc.

Mas nunca é de mais relembrar, que a satisfação de uma carência ressentida hoje, vai criar num futuro próximo uma nova necessidade ou, no mínimo uma maior exigência relativamente à qualidade do serviço prestado.

Por fim, e longe de nós tomá-lo como um problema menor, a Habitação, encarada na perspectiva dos seus diversificados segmentos, deve merecer-nos uma atenção especial.

Teremos de reconstituir a bolsa de terrenos municipais e relançar a curto prazo, nos aglomerados urbanos mais carenciados, novos lotes para auto-construção, a promoção de contratos de desenvolvimento da habitação e o incremento, se necessário com financiamento municipal, do mercado do arrendamento urbano.

Todo este conjunto de ideias que aqui referi, deve ser encarado na perspectiva do desenvolvimento sustentado que pretendemos para o concelho no quadro de um ordenamento do território efectivo. (...)"

10 de Maio de 2001