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Arquitecto. 51 anos. Casado. Tem 5 filhos. Independente. |
"(...) Queria, desde já expressar alguns compromissos e princípios que nortearão toda a nossa actividade próxima e futura. É urgente estancar a grave hemorragia demográfica que atinge o nosso concelho. Para além das fortes migrações internas das freguesias do interior para as do litoral, os primeiros resultados conhecidos dos Censos 2001 apontam para um novo decréscimo populacional. É urgente criar as condições mínimas que garantam a permanência dos jovens no nosso concelho e que possamos atrair muitos outros. Para isso é necessário priorizar a intervenção autárquica junto do tecido empresarial local/regional, apoiando e dinamizando a sua capacidade própria e contribuindo para a promoção do emprego e a diversificação da base económica local; Para isso é necessário estabelecer uma estratégia de captação de investimento de fora do concelho, privilegiando os sectores com capacidade de indução de efeitos multiplicadores numa perspectiva de consolidação, inovação e modernização do tecido económico local; Para isso é necessário implementar estratégias e programas de acção intermunicipal por forma a, por um lado, ultrapassar os constrangimentos decorrentes dos baixos limiares económicos do Município e, por outro, potênciar os efeitos de sinergia, de escala e de coerência territorial de um projecto de desenvolvimento. Em paralelo, a melhoria das condições de vida das populações é imprescindível e essencial para a sua fixação. Muito já foi concretizado nos domínios das infra-estruturas básicas, das acessibilidades, do ensino, da saúde e acção social, etc. Mas nunca é de mais relembrar, que a satisfação de uma carência ressentida hoje, vai criar num futuro próximo uma nova necessidade ou, no mínimo uma maior exigência relativamente à qualidade do serviço prestado. Por fim, e longe de nós tomá-lo como um problema menor, a Habitação, encarada na perspectiva dos seus diversificados segmentos, deve merecer-nos uma atenção especial. Teremos de reconstituir a bolsa de terrenos municipais e relançar a curto prazo, nos aglomerados urbanos mais carenciados, novos lotes para auto-construção, a promoção de contratos de desenvolvimento da habitação e o incremento, se necessário com financiamento municipal, do mercado do arrendamento urbano. Todo este conjunto de ideias que aqui referi, deve ser encarado na perspectiva do desenvolvimento sustentado que pretendemos para o concelho no quadro de um ordenamento do território efectivo. (...)" 10 de Maio de 2001 |