"(...) Também aqui, na Maia, está provado que fazemos falta. Há realizações desde a primeira hora defendidas pelos eleitos da CDU e que têm a nossa marca. Na Maia há obra da CDU, embora, nem de perto nem de longe, nos sintamos corresponsáveis por tudo quanto neste concelho se tem feito.
Nos últimos 25 anos o concelho da Maia sofreu múltiplas e profundas alterações e nem sempre, infelizmente, se primou pelo bom gosto, pela qualidade e pelo bem-estar de todos os maiatos.
Tem-se construído um concelho de que se quer dar a imagem de desenvolvido, tentando iludir a realidade. O concelho da Maia ultrapassa largamente as "muralhas" da cidade, mas é com slogans e publicidade enganosa que tentam vender a ideia de que vale a pena "sorrir porque está na Maia".
Muito pelo contrário, deste tipo de desenvolvimento resulta uma cidade sem vida, onde os cidadãos têm estado em segundo plano, e daí termos um espaço engolido pelo betão, de arquitectura tão exibicionista como incaracterística, acanhada nas vias, sem parques, sem zonas verdes, sem animação, desenraizada.
Não, esta cidade não é a metrópole que alguns, ridiculamente, apregoam!
E o resto do concelho, graças a uma opção centralizadora de muitos anos, é vítima de projectos e realizações megalómanos no centro, onde se enterram rios de dinheiro e de que a imensa maioria da população não retira qualquer proveito.Nós, na CDU, sabemos que é possível fazer mais. E, sobretudo, melhor!
É possível trabalhar para um concelho com um desenvolvimento mais equilibrado, que discipline o crescimento urbanístico conciliando-o com a matriz rural do concelho e reduzindo as carências que ainda se verificam. É possível uma Maia em que dê gosto viver, melhorando as acessibilidades, criando zonas de lazer e saudável convívio. É possível disponibilizar para os maiatos um concelho que a todos dê boas oportunidades para a definição, fruição e participação cultural e desportiva. É possível melhorar as condições de habitabilidade de todos os residentes. É possível melhorar as vias rodoviárias e ferroviárias que atravessam as terras da Maia e servir as suas gentes com melhores transportes, principalmente no interior do concelho. É possível constituir órgãos autárquicos mais identificados com os trabalhadores e outras camadas sociais, cuja voz não encontra eco nos gabinetes.
Mas só com uma candidatura de esquerda, uma candidatura que se oponha à arrogância e propensão absolutista de quem tem dirigido os destinos da autarquia, é possível atingir tais desideratos.
Só uma candidatura da CDU, a única força política capaz de ser oposição séria e, simultaneamente, disponível para dar todos os contributos para soluções que, comprovadamente, sirvam para melhorar a vida da população maiata. (...)"

5 de Julho de 2001