Jornalista. 49 anos. Natural de Fronteira. |
"(...) Porque não confundimos a gestão autárquica com o exercício do poder pessoal nem reduzimos a intervenção popular ao direito de voto, o que propomos para o concelho de Fronteira é uma alternativa democrática, com base num projecto que corresponda aos verdadeiros interesses da população e em cuja resolução todos possam participar activamente. Porque não confundimos gestão democrática com disciplina militar, nem cargos electivos com hierarquia de comando, o que propomos para o concelho de Fronteira, a exemplo do que sucede em tantas autarquias CDU por esse país fora, é um trabalho colectivo permanentemente aberto ao diálogo com as populações e à cooperação com todos os que estiverem empenhados na resolução dos problemas do concelho. Propomos trabalhar para o desenvolvimento sustentado do concelho de Fronteira, tendo em conta as suas características, as suas potencialidades, e a preservação da sua identidade. Propomos desenvolver o turismo sem degradar o ambiente nem pôr em causa o frágil equilíbrio do seu ecossistema. Neste domínio, cabe naturalmente destacar as Termas da Sulfúrea - património da população e potencial fonte de progresso -, cuja exploração exige particulares cuidados para não se correr o risco de matar a galinha dos ovos de ouro. Um turismo de qualidade mas acessível a todos, aliando o termalismo ao lazer, privilegiando o contacto com a natureza e actividades lúdicas não poluentes, é condição essencial para que as Termas possam progredir e dar um contributo decisivo para o desenvolvimento sustentado do concelho. Propomos igualmente promover por todos os meios ao nosso alcance as oportunidades de investimento que um concelho como o nosso oferece, numa altura em que a procura da qualidade de vida, do reencontro com as origens e da harmonia com os espaços ainda não degradados é cada vez maior; Privilegiar a melhoria das condições de vida da população idosa, amplamente maioritária e duplamente desprotegida, recorrendo a todas as formas de pressão para dar resposta às carências existentes designadamente ao nível da saúde, da assistência social e do seu mais que legítimo direito ao bem-estar e lazer; Desenvolver incentivos para as camadas mais jovens, de forma a potenciar a sua fixação, contribuindo ao mesmo tempo para elevar a sua formação cultural e de competências; Incentivar a prática de desportos populares, acessíveis a todos; Apoiar sem equívocos as actividades culturais, e designadamente a actividade do Grupo de Teatro de Fronteira; Descentralizar competências e meios financeiros para as Freguesias, de forma a dinamizar a sua acção e aproximar tanto quanto possível a gestão autárquica das populações; Estimular por todos os meios a participação popular na vida da autarquia, bem como a criação ou reactivação de organizações de carácter cultural, desportivo e recreativo; Colaborar activamente com todas as autarquias e organizações do distrito e fora dele que possam contribuir para um intercâmbio mutuamente vantajoso aos mais diferentes níveis. Para um projecto como este, aqui explanado nas suas linhas gerais, a CDU necessita, naturalmente, da confiança do eleitorado e da colaboração de todos. Estamos certos de que podemos conquistar ambas. (...)" 29 de Abril de 2001 |