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Funcionário da Segurança Social. 55 anos. |
"(...) Queremos um concelho de Bragança, moderno e dinâmico, gerador de bem estar, onde rural e urbano se complementem. Há, pois, que promover a coesão do concelho criando condições, nomeadamente, para o intercâmbio cultural e a comercialização de produtos entre todo o espaço rural e entre este e a sede do concelho. Isto só é possível com boas vias de comunicação e com acesso às novas tecnologias. Neste contexto revela, claro está, a situação da Vila Izeda. Não basta o título para ser diferente. É necessário criar condições nomeadamente ao nível da descentralização de competências e meios que permitam a Izeda e à zona que a envolve maior autonomia e eficiência, e respostas de progresso e desenvolvimento. A afirmação transfronteiriça de Bragança é importantíssima para o nosso futuro e para o nosso desenvolvimento. Mas tão importante como isso é a reabilitação da coesão distrital que alguns, nos últimos anos, para satisfação de "poderzinhos" pessoais têm vindo a destruir. Bragança só se afirmará para além fronteiras no contexto de capital de um distrito forte, que urge revitalizar e dinamizar. A criação da Universidade de Bragança é instrumento decisivo para o nosso desenvolvimento e afirmação interna e externa. O Parque Natural de Montesinho é parte integrante do concelho e encerra potencialidades que temos vindo a desperdiçar e que com urgência há que rentabilizar. (...) O progresso do nosso concelho passa necessariamente pela revisão do PDM. A sua feitura e as soluções apresentadas terão que ser publicitadas, não se podendo ficar à espera que as pessoas venham discutir o Plano. O Plano é que tem que ir ao encontro das pessoas. E o PDM não pode nem deve ser dissociado do Plano de Ordenamento do Parque Natural de Montesinho. Porque são indissociáveis têm que ser elaborados de forma interactiva e iteractiva. Há que aproveitar positivamente o atraso injustificável do Plano de Ordenamento do Parque. (...) O progresso e desenvolvimento do concelho de Bragança passam pelo Planeamento e Ordenamento, pelas vias de comunicação onde o comboio ganha relevo, pela cultura e o ensino, com a Universidade de Bragança como primeira prioridade, e pela criação de infra-estruturas eternamente adiadas e sempre prometidas. Passa pela inovação e pela investigação e passa sobretudo pelo aproveitar do seu capital mais valioso: a irreverência e vontade de avançar da sua juventude e a experiência e reflexão dos seus mais velhos! (...)" 5 de Junho de 2001 |