Regina Sardoeira
Cabeça de Lista da CDU à
Câmara Municipal de Amarante

Professora na Escola Secundária de Amarante. Tem 50 anos. Independente.
Licenciada em Filosofia na Faculdade de Letras do Porto.
Formou e dinamizou grupos de teatro amador e empreendeu acções de animação em instituições da cidade no âmbito do Curso de Animação Social, que coordenou, quer ao nível das disciplinas práticas, quer nos estágios que orientou e envolveram a comunidade.
É autora de 2 livros publicados e tem no prelo um terceiro, destinado aos jovens do 10º ano.
Colaboradora regular dos jornais regionais e eventualmente de jornais nacionais.

"(...) Vivo e actuo em Amarante há 20 anos (…) por isso, aceitar esta candidatura significa dizer a todas as mulheres de Amarante que podem e devem sair dos espaços confinados a que o preconceito as condenou para virem marcar presença já que, ao nível dos direitos fundamentais consagrados na Constituição, nada nos distingue dos homens.

... A CDU é a alternativa (…) é a alternativa ao obscurantismo cultural (…); alternativa à falta de horizontes da sociedade amarantina, fechada ao progresso, parada no tempo, incapaz de expandir os seus múltiplos recursos.

... Não vejo uma política cultural consistente, que atraia as populações e que deixe de se fechar sobre as elites.

... Terra de belas paisagens, não vejo uma política de turismo que apoie os milhares de visitantes nacionais e estrangeiros que só vêem as belezas naturais, mas que mais nada usufruem para além disso; terra de gente activa, não vejo uma política de apoio à dinamização da indústria e do comércio e, consequentemente, à criação de empregos estáveis.

...Falta quase tudo e o amarantino é um cidadão descontente, sempre pronto a dizer mal desta terra, apesar disso tão fascinante, mesmo para o mais desencantado de todos.

... Os jovens só pensam no dia em que vão sair de cá e fazem-no na busca do emprego ou do curso superior que lho facultará mais tarde: porque Amarante, terra de cultura, não criou ainda as condições para ter um pólo universitário, não viu, através do seu executivo camarário, que o ensino universitário é uma condição de desenvolvimento a todos os níveis.

... As universidades implicam a criação de infra-estruturas habitacionais, implicam investimentos na rede de acessibilidades, implicam uma actuação profunda na área do lazer, para além, como é óbvio, de reterem aqui os filhos da terra e os levarem a encontrar, aqui mesmo, novas razões para se radicarem.

... É com responsabilidade que encaro a minha intervenção nos meses que vão seguir-se e é para prestar um serviço à comunidade que aceito iniciar uma caminhada no decorrer da qual tentarei ser a voz da mudança necessária, 27 anos após a Revolução de Abril."

25 de Abril de 2001