Miguel Boieiro
Cabeça de Lista da CDU
à Câmara Municipal de Alcochete

Contabilista. 54 anos. Casado. Natural de Alcochete.
Tem o Curso de Contabilidade do Instituto Comercial de Lisboa, hoje Instituto Superior de Contabilidade e Administração.
Foi Presidente do Conselho de Administração da Associação dos Municípios do Distrito de Setúbal.
Foi Presidente da Assembleia Municipal do Seixal.
É Membro da Junta Metropolitana de Lisboa.
É Presidente do Conselho Fiscal da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação de Municípios "Limarsul" e Presidente da Associação Internacional "Esturiales".
É Presidente da Câmara Municipal de Alcochete desde 1982.
É Membro da Comissão Concelhia de Alcochete do PCP.

"(...) Alcochete está hoje diferente para melhor, dizem as sondagens de opinião e vemos nós e sentimos nós, no quotidiano. A média das opiniões conduz-nos portanto, a um resultado favorável e traz-nos optimismo que é, sem dúvida, fundamental, para o prosseguimento do trabalho. Mas cremos que, mais estimulante do que deleitarmo-nos sobre a suficiência do labor desenvolvido, é antevermos o futuro como um aliciante desafio, como uma batalha que é preciso vencer. Esta encruzilhada da História em que nos encontramos, não tem apenas prós, tem também contras e a verdade, é que ninguém se pode arrogar de saber, à partida, com suficiente clareza aonde estão os prós e aonde estão os contras.

O que verificamos é que a evolução, neste jardinzinho plantado à beira do Tejo, avança a um ritmo veloz, nunca antes visto. Não é fácil a tarefa mas, também por isso mesmo, ela resulta mais motivadora para os autarcas, para os empresários, para as colectividades de cultura e desporto, para a população em geral, a que já cá está e a que há-de vir. O desenvolvimento sustentado que defendemos há muito (e recorde-se duma experiência inolvidável que tivemos em Oslo em 1989, ao participarmos num seminário internacional sobre o Relatório de Ambiente das Nações Unidas) assenta em dois factores-chave: a economia e o ambiente. Isto é, um não deve avançar sem o outro. Se atendermos apenas a aspectos económicos, de que a vertente mais visível é a construção de edifícios sem o atendimento das leis da natureza, estaremos a agir de forma incompleta e portanto, erradamente. Mas por outro lado, se apostarmos no oposto para que a natureza não corra riscos, estaremos a castrar cegamente as perspectivas do nosso desenvolvimento. Qual é então o caminho? É combinar sabiamente estes dois factores - ambiente e economia. Alcochete está bem no cerne desta luta de contrários que, só aparentemente são opostos. Não existe outro local do País onde este dilema seja tão saliente e onde seja mais necessário agir com clarividência e ponderação. Mas não podemos perder o tempo de agir por desinteresse ou comodismo ou até, por excessiva prudência. Vejamos que o concelho de Alcochete ficou bem no centro da Área Metropolitana de Lisboa e é servido por invejáveis acessibilidades que nenhum dos restantes concelhos possui como nós. Mas Alcochete dispõe também, duma reserva natural que é património da biosfera, enquadrada por um plano de água e um sistema de ventos com influência electromagnética positiva na vitalidade dos seres. Não estou a transmitir uma novidade, toda a gente sente isso. (...)"

3 de Junho de 2001