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(Extratos) Temos consciência que a campanha que realizámos foi uma
campanha diferente, distintiva de todos os outros partidos, confiante,
assente no contacto directo com milhares e milhares de eleitores. Uma campanha eleitoral que sentimos ter sido percorrida por uma forte corrente de simpatia e de apoio, pela consideração do valor das nossas propostas e pela qualidade dos nossos candidatos, pela serenidade e confiança que transmitimos no futuro dos portugueses e nas suas capacidades para afirmar um novo caminho para Portugal. Uma campanha eleitoral que afirmou a CDU como uma força que é portadora da verdadeira mudança, a mudança a sério que o país precisa e que foi capaz de ressuscitar a esperança de muitos trabalhadores e de muitos portugueses na possibilidade da mudança e de um novo caminho para os portugueses. Temos a convicção de que muitos portugueses ficaram com mais razões para confiarem na CDU que vêm na nossa coligação democrática a garantia da concretização dos seus anseios e das expectativas de uma vida melhor. Uma campanha que afirmou os valores da solidariedade, do trabalho, da justiça social, do progresso e da independência nacional intrínsecos ao projecto da CDU. Uma campanha que deu um contributo decisivo para que se confirme, como estamos certos e desejamos, a derrota da direita do PSD e do CDS no próximo dia 20 de Fevereiro.
A campanha eleitoral que agora termina pôs em evidência que aqueles que têm governado Portugal nos últimos anos e não só nos últimos três, persistem nas mesmas e gastas soluções que inviabilizam a resolução dos problemas do país e dos portugueses. Está hoje mais claro no momento em que se vai chegando ao fim da campanha eleitoral quais os caminhos e soluções alternativos que se colocam aos portugueses e sobre os quais é preciso optar. Ficou bem patente nesta campanha que a direita, PSD e CDS apostam nas mesmas políticas que agravaram todos os problemas nacionais e conduzem o país ao atraso e à degradação das condições de vida dos portugueses. Que juntos ou separados, aliados ou concorrentes, o PSD e o CDS só têm para oferecer aos portugueses o pesadelo que foi a sua governação nestes últimos três anos.
Ninguém dos actuais partidos que rodam na governação do país conseguiu explicar nesta campanha é porque os seus partidos – PSD, CDS e PS – que há mais de vinte anos, sozinhos ou aliados entre si se sucedem no governo do país e o que permanece são os problemas nacionais graves e inquietantes e não os formidáveis e esperançosos horizontes que ciclicamente no passado prometeram aos portugueses. Como também não explicam porque é que, de cada vez que se desfazem os ciclos de ilusões do “Portugal no Pelotão da Frente”, “Portugal na Moda” ou “ Portugal no Centro da Construção Europeia” se redescobre que por entre mudanças diversas, os problemas do país continuam a ser os mesmos. Eles não querem desvendar tal segredo, mas nós conhecemo-lo. O segredo da causa de tal calamidade está nas suas políticas e cuja matriz essencial atravessa governo a governo como fio condutor da governação dos partidos da direita e do PS. É por isso que no próximo dia 20 de Fevereiro os portugueses estão confrontados com uma de duas opções. Continuar o mesmo caminho destes últimos anos com outros protagonistas ou romper, como pensamos ser imperioso e necessário, com as políticas de direita e as soluções governativas que as têm suportado. Se no dia 20 de Fevereiro, vamos continuar, como defendem PSD/CDS e PS uma política de manutenção do Pacto de Estabilidade e Crescimento, de travão ao investimento produtivo e de crescimento impetuoso do desemprego; Ou se, desde já, valendo mais prevenir do que remediar, dar força à CDU que defende e coloca como questão central a necessidade do crescimento económico e do emprego e a imediata libertação do investimento público os sufocantes critérios do Pacto de Estabilidade de forma a assumir com o seu reforço um outro papel na dinamização das actividades económicas e na criação de mais emprego. Viragem que se tornou ainda mais premente quando o desemprego assume a dimensão de 7,1% como ontem o INE confirmou e num momento em que a sangria de postos de trabalho não está estancada e se anuncia o perigo de novas vagas como a que ameaça aqui no distrito o têxtil, sem que se tomem quaisquer medidas. . Se vamos depois de 20 de Fevereiro continuar a assentar o nosso desenvolvimento na base de um modelo de baixos salários; Ou optar, dando força à CDU e à sua luta em defesa da necessidade de promover o incremento do rendimento das famílias, através do crescimento dos salários, como factor impulsionador do aumento da produtividade, o desenvolvimento das actividades de investigação visando o melhoramento do perfil de especialização da economia portuguesa e a sua a modernização, o apoio decidido à inovação, à formação e à qualificação dos trabalhadores com o objectivo de assegurar uma economia competitiva. Se vamos continuar, como defendem PSD,CDS e PS as políticas de abandono à sua sorte dos sectores tradicionais da economia, nomeadamente dos têxteis e vestuário quando se sabe que já está em perigo no imediato metade do volume das exportações portuguesas para a Europa; Ou se dando mais força e mais votos à CDU vamos trabalhar e lutar em conjunto de forma a apoiar a sua modernização e a defesa do mercado nacional e europeu das políticas de liberalização total da organização mundial de comércio, accionando as clausulas de salvaguarda e salvando milhares de postos de trabalho. Se os portugueses vão permitir com o seu voto ou com a sua abstenção que prossigam as políticas do PSD, CDS e PS de agravamento da injustiça fiscal, mantendo com o seu silêncio e consentimento o festim do off-shore da Madeira, as baixas tributações de IRC da banca e seguros; Ou se, prevenindo antes de remediar, reforçar a CDU em mais votos e deputados, dando força às suas propostas de combate ao défice público também pelo lado do aumento das receitas e, ao mesmo tempo, fazer justiça com o desagravamento da tributação sobre os rendimentos de trabalho mais baixos e intermédios e beneficiar as famílias mais numerosas. Se aceitamos que prossiga a poderosa ofensiva que foi iniciada contra os direitos dos trabalhadores, concretizada no Código de Trabalho e sua regulamentação e que o CDS, ponta de lança da coligação de direita contra os interesses dos trabalhadores e seus direitos vem reafirmar no seu programa com a proposta de Revisão da Constituição para mudar piorando as leis laborais ; Ou se, prevenindo, damos mais força à CDU, com mais votos e mais deputados para melhor garantir, como defendemos a Revogação do Código do Trabalho e a aprovação de uma lei laboral que proteja os direitos dos trabalhadores, a contratação colectiva e o combate à precariedade e à sinistralidade no trabalho. Se no próximo dia 20 de Fevereiro, vamos continuar a deixar que
PSD, CDS e PS façam vista grossa à fraude e à grande
evasão fiscal; Ou se, apoiando a CDU vamos dar força ao inadiável combate na recuperação de milhões e milhões de euros, hoje perdidos, por entre a grossa malha da rede da falta de vontade política e de uma administração fiscal sem meios e sem instrumentos eficazes para lhe por fim. Milhões e milhões de euros perdidos que permitiriam garantir um aumento intercalar para os reformados e pensionistas como aquele que propomos nas nossas 25 medidas urgentes a concretizar logo no inicio da próxima legislatura. Se vamos permitir que as propostas do PS e PSD de aumento da idade da reforma para 68, 70 anos e por aí fora se concretizem com o pretexto do alargamento da esperança de vida; Ou se vamos dar mais força com mais votos à CDU e às suas propostas de reposição dos direitos de aposentação na Administração pública e da idade da reforma das mulheres para os 62 anos, bem como defender a manutenção dos 65 anos para os homens. Se os portugueses com o seu voto permitem que se continue a enxamear o Estado com a nomeação indiscriminada dos amigos do partido do poder, como o tem feito o PSD, CDS e PS, cada um colocando os seus “rapazes”, duplicando serviços públicos, organismos e funções e garantindo chorudas indemnizações; Ou se, para pôr fim aos “ job for the boys” se reforça a CDU e as suas propostas de aproveitamento integral dos recursos humanos e dos serviços da própria administração, valorizando os trabalhadores que a direita e agora também o PS transformaram em “bode expiatório” das suas perniciosas políticas e das suas receitas de austeridade e restrição orçamental, de congelamento dos salários, de ataque às carreiras e ao regime de aposentação e de aumento da precariedade. Se no próximo dia 20 de Fevereiro vamos continuar no caminho que
defendem e vêm concretizando o PSD,CDS e PS de introdução
de uma perspectiva de cariz assistêncialista e de privatização
parcial da segurança social, de restrição das prestações
sociais, como o subsídio de doença e o abono de família
como o tem feito agora a direita, o PSD e o CDS; É para isso que mais votos e deputados da CDU servirão. Não para um simples grito de alma ou de protesto mas para favorecer e impulsionar construtivamente a mudança a sério que faz falta, não para mais um episódio da alternância mas para conquistar uma alternativa de esquerda verdadeiramente digna desse nome. Para que com o peso de mais votos e mais deputados influenciar as opções políticas e governativas que garantam uma verdadeira política alternativa e de esquerda para Portugal. Camaradas : A necessidade de dar resposta à grave ameaça que paira sobre a indústria têxtil é mais uma forte e incontornável razão para que Braga possa em 20 de Fevereiro voltar a ter um deputado da CDU, o camarada Agostinho Lopes, que toda a gente reconhece ter sido um deputado exemplarmente dedicado aos interesses do distrito entre 1999 e 2002. Em Março de 2002, quando, por apenas cerca de 1400 votos, não conseguimos reeleger o camarada Agostinho Lopes, cidadãos de diversos quadrantes vieram dizer-nos quanto lamentavam a injustiça desse resultado e quanta pena tinham que Braga assim tivesse perdido na AR uma voz combativa e profundamente ligada aos problemas do distrito. Pois agora está nas mãos dos trabalhadores e dos democratas do distrito de Braga evitarem a repetição de tais lamentos e a constatação de uma idêntica injustiça. Segundo algumas sondagens, a CDU pode estar à beira de eleger um deputado por Braga mas para isso se confirmar é indispensável que mais uns poucos milhares de eleitores – sejam eleitores do PS sejam eleitores de forças de esquerda sem possibilidade de eleger- engrossem a votação na CDU . E, além do mais podem fazê-lo com toda a tranquilidade porque desta vez nem sequer têm razão de ser quaisquer enganos ou equívocos sobre o chamado «voto útil». De facto, tudo está encaminhado para que, no dia 20, tanto a nível nacional como em Braga, a direita leve uma banhada e tudo está encaminhado para que, no país, o PS fique mais de 10 pontos à frente do PSD. E aqui, em Braga, tal como aconteceu em 1999, é quase certo que o PS ficará à frente do PSD mais de 8 pontos. Isso quer dizer que um ponto a menos no PS não lhe fará qualquer diferença mas já um ponto a mais na CDU permitirá de certeza a eleição de Agostinho Lopes, a eleição de um deputado que, de novo, fará a diferença na AR em termos de ligação ao distrito e aos seus problemas. Remando contra uma campanha marcada por incidentes estéreis, por insinuações e maledicências, por querelas sem sentido, procurámos dar a nossa contribuição para trazer para o debate os principais problemas, as reais razões que preocupam e afligem os portugueses, as propostas necessárias e indispensáveis para uma mudança sério na vida política nacional.
Perante a corrente de simpatia que acompanhou a nossa campanha tivemos ocasião de afirmar muitas vezes que simpatia não é sinónimo de votos. Mas podemos hoje dizer que sinceramente confiamos — pelo que sentimos em cada dia de campanha, pelas palavras que ouvimos de apoio, pelo reconhecimento que a seriedade posta na nossa intervenção, pelos testemunhos de incentivo — que essa simpatia que rodeou a nossa campanha se traduzirá em mais apoio à CDU, que essa simpatia é também uma expressão de esperança de muitos e muitos portugueses e portuguesas numa força e num projecto que pode pesar a sério para uma mudança na vida política nacional. A campanha que agora termina dá-nos fundadas razões de confiança num resultado que pese para a mudança a sério pela qual nos batemos e o país precisa. É esta a nossa convicção. A convicção de que todos os que em nós confiaram nas últimas eleições honrados que foram os nossos compromissos e respeitados que viram pela nossa acção na Assembleia e fora dela em defesa dos seus interesses continuarão a depositar na CDU o seu apoio, a não faltar com o seu voto. A convicção, testemunhada pela campanha e pela simpatia que a rodeou, de que todos aqueles que tendo, vencidos pelo desalento ou o desânimo, deixado de votar na CDU encontraram de novo a esperança de com o seu voto poderem contribuir para abrir caminho a uma vida melhor e mais digna. A convicção, testemunhada pela simpatia e a palavra expressa, de que muitos portugueses e portuguesas movidos pela clareza das nossa propostas e pela coerência das nossas atitudes darão pela primeira vez o seu voto na CDU, e de que esta ideia de que há sempre uma primeira vez para tudo, se traduzirá numa opção que se verá inteiramente respeitada e correspondida. A convicção, sentida na campanha, de que mais e mais portugueses compreenderam que não são todos iguais e de que vale a pena apoiar e votar em quem, não só s nas palavras o afirma, mas que todos os dia pela acção o confirma é diferente. Convicção e confiança de que todos aqueles que,
engrossando essa corrente de simpatia e de sincero apoio, se mostravam
hesitantes em traduzi-lo em votos pela ideia tantas vezes ouvida de “vocês
não vão lá” compreenderam o que de há
muito vimos afirmando. De que sim, “vamos lá”, se cada
um não deixar nas mãos de outros o que considera necessário
e útil fazer, de que sim , de que com o seu apoio e o seu voto
“vamos lá”, elegendo mais deputados, pesando mais na
defesa dos interesses, direitos e aspirações de Portugal,
dos trabalhadores e do povo.
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