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(Extratos)
Gostaria antes de mais de vos transmitir as nossas mais cordiais saudações e dizer-vos que é com crescente confiança num bom resultado para a CDU que encaramos esta batalha eleitoral em que todos estamos empenhados. No plano partidário travámos quase sozinhos a batalha pela exigência da imediata demissão do governo do PSD e do CDS-PP e pensamos que não está já longe o dia, estamos profundamente convictos, em que veremos os portugueses confirmarem com o seu voto a derrota em definitivo de um governação desastrosa, pondo fim a três anos de ao pesadelo. Três anos de governos do PSD e CDS-PP difíceis para os portugueses, particularmente para os trabalhadores que neste período foram alvo de uma brutal ofensiva contra os seus interesses e direitos, desde logo com a imposição do Código de Trabalho. Uma ofensiva que aprofundou em todos os domínios as políticas de direita que vinham sendo concretizadas por sucessivos governos nos últimos anos. Anos difíceis que vieram juntar crise à crise que vinha de trás, aprofundando o caminho de destruição do nosso aparelho produtivo nacional, em resultado de uma política de completa submissão ao às políticas macroeconómicas neoliberais e monetaristas, de submissão aos ditames do Pacto de Estabilidade e Crescimento e às suas imposições. Políticas que vêm condenando a economia portuguesa ao atraso e à sua crescente fragilização, dependência e subordinação. As consequências estão à vista também aqui em Coimbra com o desaparecimento das suas principais empresas industriais, com as crescentes dificuldades que enfrentam os agricultores da região e o comércio tradicional. Consequências que estão à vista com o vertiginoso aumento do desemprego, mas também a crescente de dependência de Coimbra do sector dos serviços, situação que alguns perigosamente exultam, mas que na realidade fragilizam toda a região e tornam Coimbra mais vulnerável às situações de crise. O País não pode adiar por mais tempo a mudança.
A ruptura com tais políticas tornou-se um imperativo nacional.
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Ofensiva que têm como objectivo imediato a fragilização do ensino público e a promoção do ensino privado, propósito que a direita deixou bem evidente na sua proposta de “Lei de Bases da Educação”, onde o conceito de “rede pública” é substituído por “rede de ofertas educativas”. Concepção que visa o sub-financiamento do sistema público de ensino com o objectivo de privatizar, e elitização do acesso e do sucesso escolares e o financiamento público do ensino privado. Para a CDU, o direito à educação e ao ensino é o direito de todos e de cada um ao conhecimento e ao harmonioso desenvolvimento das suas potencialidades, vocações e consciência cívica. Ao Estado cabe o imperativo de democratizar o acesso de todos à educação, garantindo que não se verifiquem quaisquer tipos de discriminações, sejam de origem social, étnica, cultural, política, religiosa ou outras, a nenhuma das nossas crianças e jovens. Uma política que olha para o investimento na educação não como um investimento considerado na lógica mercantilista, mas um investimento na humanização da vida. Um investimento numa Escola Pública de Qualidade, com a gratuitidade de todo o ensino público como prioridade estratégica. Neste contexto, não podemos permitir que a reboque do chamado Processo de Bolonha seja diminuído o esforço público de investimento global na Investigação e Ensino Superior, seja reduzido o número médio de anos de formação superior, sejam reduzidos os níveis de qualidade e exigência, o número de docentes e se caminhe para a precarização dos vínculos laborais. Por isso, não deixaremos de nos bater pela aprovação de uma nova Lei de financiamento do ensino superior e a aprovação de novas regras mais justas, nomeadamente a abolição das propinas. Uma nova solução legislativa que ao mesmo tempo garanta os níveis de financiamento adequados de forma a garantir um ensino e uma investigação de qualidade, autónomo do poder político e independente do poder económico. (...)
E que essa mudança e essa oportunidade para o conseguir estão nas mãos de cada um, estão na força do seu voto. A todos e a cada um queremos lembrar que todos os votos contam e somam para que, na noite das eleições, possamos ver e sentir que a CDU pesa mais no futuro do país, que a CDU tem mais força para concretizar a mudança a sério que Portugal precisa. A todos e a cada um queremos recordar, mesmo aos que ainda pensam que não vale a pena, que se não deixarmos para os outros o que cada um pode fazer, se não prescindirmos de ter a voz que o voto nos dá, é possível mudar, penalizar os que desgovernaram o país e dar força a quem se bateu e bate por uma vida melhor e uma sociedade mais justa. Ficar em casa é premiar os que com as suas políticas têm semeado anos a fio o desencanto e amargura dos que menos têm, mais dificuldades sentem e pior vivem. No próximo domingo, dia 20, cada voto CDU será um grito de inconformismo na noite da resignação e do alheamento, um gesto de protesto e condenação aos que tantas dificuldades e amarguras têm trazido á vida dos portugueses, um gesto para rasgar um novo caminho para o país. No próximo domingo, dia 20, cada voto na CDU é a escolha certa para marcar presença e estabelecer uma linha de coerência com aqueles muitos outros momentos de luta, de resistência e de afirmação de direitos em que estivemos juntos. No próximo domingo, dia 20, cada voto na CDU é a melhor escolha para fortalecer uma esquerda a sério; - a esquerda mais coerente, mais combativa e consistente; - a esquerda que conjuga firmeza de convicções com espírito construtivo e sentido das suas responsabilidades nacionais; - a esquerda que, em diferença com outros, está em condições de unir a sua presença na Assembleia da República com enraizamento social e marcante intervenção nas lutas e intervenções sociais. No próximo domingo, dia 20, cada voto na CDU é um voto para um virar de página nas políticas de direita é um voto numa esquerda a sério para uma mudança a sério.
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