Declaração de Voto da deputada
Ilda Figueiredo no PE
Relatório Karas - Comunicação nas últimas fases da UEM
5 de Julho de 2000
Partindo do princípio de que a moeda europeia comum constitui um factor
essencial e identificador do processo de identificação europeia,
mas reconhecendo que cada cidadão comunitário, tal como os cidadãos
residentes, seja em países que não participam na união
monetária, seja nos países candidatos, irão ser consideravelmente
afectados pela introdução das notas e moedas de euros, o Relator,
no seguimento da proposta da Comissão Europeia, apoia uma campanha
de informação visando reforçar a confiança dos
cidadãos no euro e garantir uma introdução sem atritos
a partir de 1 de Janeiro de 2002.
Relativamente à banca, o Relator propõe que a Comissão
intensifique as suas acções com vista a "impedir as elevadas
comissões bancárias para as transferências financeiras
transfronteiriças e os elevados custos de conversão para euros".
Ao longo do relatório, no entanto, por diversas vezes, é confundida
informação técnica necessária para facilitar a
adaptação dos cidadãos e das empresas, sobretudo das
PME`s, à nova moeda, com campanhas de propaganda sobre a união
económica e monetária, o que não pode merecer o nosso
apoio. Por exemplo, o relator refere o caso das mulheres como grupo-alvo a
privilegiar numa campanha através de organizações e revistas
femininas, dado que são as mulheres que nutrem ainda grandes reservas
relativamente à introdução do euro.