Solistas


Rosana Lamosa
Soprano

Iniciou os seus estudos musicais no Rio de Janeiro, onde nasceu, com Vera Canto e Mello (canto) e Alda Bonfin (piano), continuando mais tarde, em São Paulo, com Leilah Farah. Em Nova Iorque, teve como professor o maestro Franco Iglesias, no Center of Opera Performance.

Rosana Lamosa dá os primeiros passos na carreira internacional com apresentações na Ásia e Europa, nomeadamente na Suíça, onde foi solista do Stadttheater St. Gallen. Em 1998, desempenha o papel principal na estreia mundial da ópera Alma de Claudio Santoro, no Teatro Amazonas. Dois anos antes, porém, tinha já cantado na abertura dos festivais de Campos de Jordão e Itu. Actuou nas montagens de Il Guarany, La Traviata, L'Elisir d'Amore, Carmem, La Bohème, Don Giovanni, As Bodas de Fígaro, A Flauta Mágica, Suor Angelica, Orfeo ed Euridice, Don Casmurro, entre outras.

No seu repertório incluem-se também oratórias, missas e cantatas, tendo participado em 1999 nas aberturas das temporadas da OSESP - com A Criação de Haydn - e do Teatro Municipal do Rio de Janeiro - com a 2ª Sinfonia de Mahler.

O seu talento é reconhecido pela crítica especializada que lhe atribuiu o prémio APCA como melhor cantora erudita em 1996 e em 1999, sendo agraciada pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo com o Prémio Carlos Gomes pelo conjunto da carreira.

Recentemente, Rosana Lamosa participou nos 500 anos do Descobrimento do Brasil e foi Cecy nas montagens de Il Guarany, co-produção do Teatro Alfa Real, teatros municipais de São Paulo e Rio de Janeiro e do Teatro São Carlos de Lisboa. Brevemente, desempenhará o papel de Rosalinde, na produção de O Morcego, no Rio de Janeiro.

 

Foi na sua cidade natal de Huelva, que Guillermo Orozco iniciou os seus estudos musicais, mas é em Madrid, para onde se muda, que estuda técnica do canto e repertório com o maestro Pedro Lavirgen.

Na sua carreira têm-se sucedido os prémios de canto: Cidade de Logrono (1994-1997), Francisco Alonso (Madrid, 1995), Jacinto Guerrero (Madrid, 1996), Julián Gayarre (Pamplona, 1996), Real Villa de Arganda (Madrid, 1997), Luis Mariano (Irún, 1997), Acisclo Fernández (Madrid, 1998), e Pedro Lavirgen (Córdova, 1998).

Profissionalmente tem interpretado todos os géneros líricos na maioria dos teatros espanhóis, assim como em cidades da Europa e da Ásia.

Na oratória, destacou-se na Missa Solene de Santa Cecília (Gounod), e a Missa da Coroação (Mozart). Na zarzuela, interpretou os papéis principais em La del Manojo de Rosas,; Los Gavilanes, Me Ilaman la Presumida, La Dolorosa, Los Caveles, La del Soto del Parral, Gigantes e Cabezudos, Katiuska, El Cantyar del Arriero, Luisa Fernanda e La Tabernera del Puerto. Na ópera, cantou os papéis protagonistas de Lucia di Lammermoor, Madame Butterfly e La Traviata.

Trabalhou com directores musicais como Moreno Buendía, Antonio Moya, Miguel Angel Martínez, Miguel Ortega, Vladimir Spirakov, José Collado, Miguel Roa, Luis Izquierdo, Enrique Garcia Asensio, Plácido Domingo, Cris Nance, Manuel Ivo Cruz, entre outros.

Recentemente cantou Macduff de Macbeth no Palácio dos Festivais de Santander, deu recitais em Sevilha e Madrid com Elisabete Matos e participou na "Maraton Verdi", no Gran Teatro del Liceo de Barcelona

Brevemente Guillermo Orozco interpretará os papéis principais em La Vida Breve de Falla e em Madame Butterfly, ambos no Teatro Real de Madrid.


Guillermo Orozco
Tenor

 


Liliana Bizineche
Soprano

Nascida na Roménia, Liliana Bizineche Eisinger estudou canto no seu país natal com Valentina Cretoiu. Em 1980 formou-se no Conservatório de Cluj, frequentando depois master classes de Ileana Cotrubas, Elizabeth Schwartzkopf e Regina Reznik. Em 1979 começou a trabalhar com a ópera de Cluj.

Entre 1979 e 1983 foi distinguida com vários prémios em concursos de canto internacionais em Atenas (Maria Callas), Barcelona (Francisco Vinas), Leipzig (J.S. Bach), Genebra, Hertogenbosch, Rio de Janeiro, Budapeste, Sófia e Paris, onde obteve cumulativamente o 1.° prémio atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian e o 1.° prémio Alice Tully para a melhor interpretação de música francesa.

Interpretou Charlotte no Werther de Massenet, no Teatro de S. Carlos em Lisboa, com o famoso tenor Alfredo Krauss. Depois deste grande sucesso, foi convidada para cantar em diferentes países da Europa e da América. Em 1987 cantou com Ileana Cotrubas no Festival Internacional de Música dos Açores e um ano mais tarde foi convidada para cantar no Brasil e no Teatro Colón em Buenos Aires. Cantou igualmente em Genebra com José van Dam e Nokolai Gedda no Romeu et Juliette de Berlioz e com a Orquestra Sinfónica de Viena, dirigida por George Prêtre. Ao longo destes anos, Liliana Bizineche cantou com vários artistas como Verret, Gedda, Krauss, van Dam, Schreier, Berganza, Cuberli, Furlanetto, Carreras, Janovitz, Manuguerra, sob a direcção de Corboz, Rizzi, Thielemann, Kitaenko, Steinberg, Scimone, Masur, Prêtre, Lord Yehudi Menuhin.

Está convidada para cantar com Lord Y. Menuhin nos Festivais de Gstaad, Milão, Montreux e na próxima Temporada estará presente em Paris, Bruxelas, Palermo e Milão para óperas e concertos.

 

Nascido em Madrid, em 1970, começou a sua carreira em 1989, no Conservatório Superior de Música de Madrid e no Conservatório Nacional de Música George Enescu Bucareste (Roménia) com a soprano Maria Platinaru e o barítono Don Jordachscu. Viaja para os EUA, onde prossegue os seus estudos na Academy of Vocal Arts de Filadélfia.

Em 1994, conquista o primeiro prémio no concurso internacional de canto "Cidade de Logrono" e o segundo no concurso internacional "Jaime Argall". Em 1996, obtém o segundo prémio no festival internacional de canto Alfredo Kraus e o prémio especial da SGAE, como melhor intérprete de música espanhola. Participa pouco depois na gala lírica cantando com o grande tenor Alfredo Kraus. Canta ainda num concerto de zarzuela no Carnegie Hall de Nova Iorque.

Entre os papéis que interpretou destacam-se, entre vários outros, o de Germán, em Soto del Parral no Gran Teatro de Córdova; de Joaquin, em La del Manojo de Rosas, no Palácio de Festivais de Santander e mais tarde no Teatro Campoamor de Oviedo; de Doutor Malatesta, em Don Pasquale, no Teatro da Zarzuela de Madrid, com Ros Marbá.

No auditório de Madrid, cantou Ramon em Adiós a la Bohemia, de M. Sorozabal, concerto que repetiu no Teatro Victoria Eugenia de S. Sebastiány.

Foi ainda o Conde Luna no Trovador, em Filadéfia; o Poeta, em O Turco em Itália, na Kammer Opera de Viena; e Marcello, em La Boheme, no Teatro Real de Madrid, papel que já repetiu este ano.

Entre os seus compromissos mais recentes, salientam-se a sua estreia em Washington, no papel de Conde, em As Bodas de Fígaro. Na Corunha, irá cantar o papel protagonista em Un Giorno di Regno, de Verdi, e estreia-se no Liceu com um recital de homenagem a Verdi. Na próxima temporada irá cantar Duque de Norfolk, em Henrique VIII.


José Julian Frontal
Barítono