Relatório Morillon - Política europeia de segurança e defesa
Declaração de Voto de Ilda Figueiredo
10 de Abril de 2003

 

Mesmo depois das divergências das posições por parte dos governos dos Estados-membros relativamente à guerra preventiva injusta, ilegítima e ilegal contra o Iraque, a maioria dos Deputados insiste em apoiar o reforço das capacidades militares da União Europeia e na criação de uma política externa, de segurança e de defesa comum, dotada de todos os meios, o que rejeitamos, quer pelo seu atentado claro à soberania de cada país, quer pela perspectiva de criação de uma Europa baseada na força das armas.

Daí que igualmente incentivem a uma mais estreita colaboração com a NATO, ao funcionamento, já desde 2004, de uma força militar que conduza acções autónomas e de uma agência do armamento financiadas pelo orçamento comunitário, o que igualmente rejeitamos.

Assim, votámos contra o relatório. Defendemos a paz e a cooperação, não a guerra. Os conflitos devem ser resolvidos pela via diplomática, não pela força das armas. A corrida aos armamentos não só implica um desvio para esta área de meios essenciais ao desenvolvimento e ao combate à pobreza e exclusão social, como pode conduzir a novas guerras e à destruição da humanidade, o que recusamos.