Sobre o sismo na Região Autónoma dos Açores
  Nota do Comité Central do PCP
   11 de Julho de 1998
O Comité Central manifesta a sua total e profunda solidariedade às famílias 
  das vítimas, aos mais de 100 feridos, aos 1500 desalojados e à população em 
  geral das Ilhas do Faial, Pico e São Jorge.
  
  Tendo em conta a magnitude do sismo de 8 de Julho, e cujas réplicas continuam 
  a semear a insegurança generalizada nas populações das zonas atingidas, o Comité 
  Central considera que se impõe, a todos os níveis institucionais, a tomada de 
  medidas urgentes e concretas de apoio efectivo e imediato às populações, à demolição 
  de centenas de casas que ficaram inabitáveis, à limpeza dos arruamentos e remoção 
  de todos os escombros.
  
  O Comité Central valoriza a coragem, a entreajuda, a solidariedade humana com 
  que o povo açoreano enfrentou e está a enfrentar mais este momento tão dramático 
  da sua vida.
  
  O Comité Central valoriza também a intervenção das organizações populares e 
  populações, entre os quais os dirigentes e militantes do PCP, da Protecção Civil 
  local e regional, das Associações de Bombeiros, de outras associações de voluntários 
  e empresas privadas, na disponibilização de esforços e meios com vista a mais 
  rapidamente minorar o sofrimento e cuidar das populações atingidas.
  
  O Comité Central considera que se impõe igualmente a elaboração e execução, 
  com carácter de emergência e grande celeridade, de um plano de reconstrução, 
  o qual deve caracterizar-se pela solidez e qualidade das construções e não pelo 
  seu carácter precário, a fim de melhor poderem garantir a necessária segurança 
  e bem estar a que as populações têm direito.
  
  O Comité Central é de opinião de que, quer o Governo da República, quer a Comunidade 
  Europeia, devem dar o apoio necessário às autoridades regionais e municipais, 
  para fazer face à catástrofe que mais uma vez atingiu o povo açoreano.
  
  O PCP intervirá na Assembleia da República, na Assembleia Legislativa Regional 
  e dará seguimento à intervenção no Parlamento Europeu, com a apresentação de 
  propostas próprias ou apoiando outras, no sentido de concretizar a solidariedade 
  efectiva que a situação exige.