A morte ? sempre est?pida. Mas para n?s, a morte do Lu?s foi ainda muito mais est?pida. Porque nos roubou um camarada e amigo jovem. Jovem na idade e jovem no muito que ainda tinha para dar ao seu Partido de sempre, ? pol?tica portuguesa, ? Assembleia da Rep?blica, ? ci?ncia social e ? Universidade. Do Lu?s S? recordaremos sempre a sua sensibilidade, a sua intelig?ncia, a solidariedade nunca regateada e a inabal?vel amizade que nutria por cada um de n?s, por cada um dos seus camaradas. Nunca poderemos esquecer a intensidade com que vivia a vida. A intensidade que emprestava a tudo o que fazia e a tudo em que se empenhava: na actividade partid?ria, na interven??o pol?tica e parlamentar, na investiga??o e actividade cient?fica e acad?mica. N?o olvidaremos a paix?o aut?ntica com que se dedicou ? constru??o e desenvolvimento do poder local democr?tico ( que tanto lhe deve) e ? ci?ncia pol?tica. E para sempre ficar? o seu exemplo de concilia??o da actividade cient?fica com a actividade e a interven??o pol?ticas. Sem quaisquer ced?ncias. Sem ced?ncias no rigor e seriedade intelectuais, sem ced?ncias nas convic??es pol?ticas e ideol?gicas que sempre perfilhou. Com a est?pida morte do Lu?s S?, o PCP perdeu um militante e dirigente abnegado, cada um de n?s perdeu um camarada muito amigo. A Assembleia perdeu um Deputado exemplar, o pa?s perdeu um cidad?o de grande m?rito. Em nome do Grupo Parlamentar do PCP e em meu nome pessoal, quero, mais uma vez, manifestar a nossa profunda tristeza e a nossa solidariedade amiga ? Ana Teresa, aos filhos e aos irm?os do Lu?s, ao seu pai e meu velho professor.