Intervenção de Miguel Viegas no Parlamento Europeu

União bancária - Relatório anual de 2017

Durante o ano de 2017, mais uma vez, os contribuintes foram forçados a pagar o resgate da banca italiana com uma entrada massiva de 17 mil milhões de dinheiros públicos. Este dinheiro retirado diretamente do bolso dos trabalhadores serviu para salvar dois bancos falidos e proteger os seus obrigacionistas.

Em Portugal, o dinheiro dos contribuintes continua a pagar as resoluções do BPN, do Banif ou do BES. Assistimos igualmente a uma vaga de fusões e à criação de gigantescos grupos financeiros, todos eles controlados por grupos estrangeiros.

Ou seja, tudo ao contrário do que foi anunciado pela União Bancária que foi criada para acabar com os bancos demasiados grandes para falir e acabar com o regabofe de fundos públicos para pagar as favas da especulação e da irresponsabilidade financeira.

Para o PCP, a União Bancária foi desenhada para reforçar o poder da finança e retirar aos estados qualquer capacidade de intervir no sistema financeiro. Sabemos hoje que a supervisão é uma farsa e que a resolução não é credível. A nossa proposta é muito clara. Só um controlo público da banca poderá colocar o sistema financeiro ao serviço da economia e do desenvolvimento.

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