Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Jantar CDU

Temos, para além de um projecto provado pela vida, um trabalho sério e uma obra concreta para mostrar

Temos, para além de um projecto provado pela vida, um trabalho sério e uma obra concreta para mostrar

[excerto]

Estamos a chegar quase ao fim desta batalha eleitoral. Estamos a uns escassos dias das eleições. Por todo o lado a CDU tem feito uma boa e vigorosa campanha, recolhendo um crescendo de apoio e simpatia, que reforça a nossa confiança de que a CDU está nesta batalha eleitoral para crescer e para vencer.

Para crescer e para vencer também aqui, em Sesimbra, com a renovação do mandato que o povo tem confiado à CDU.

Uma grande campanha e um amplo apoio que não nos podem fazer descansar, porque este é ainda um tempo que não prescinde do trabalho e do empenhamento de todos e de cada um, para garantir que nenhum voto se perca, para assegurar uma CDU ainda mais reforçada para levar em frente o projecto de desenvolvimento que, reconhecidamente, tem para este concelho.

Precisamos de aproveitar o tempo do resto da campanha para levar mais longe o esforço de ampliação do apoio à CDU e de mobilização para o voto. Precisamos, nestes dias e até Domingo, de garantir que ninguém falte com o seu voto na CDU!

Temos razões para estar confiantes.

Temos candidatos com experiência, capacidade de realização e provas dadas na defesa dos interesses das populações, conhecedores da realidade, dos problemas e dos desafios que se colocam ao desenvolvimento deste concelho.

Temos, para além de um projecto provado pela vida, partilhado por eleitos e não eleitos, construção de muitos e muitos activistas e apoiantes, um trabalho sério e uma obra concreta para mostrar.

Sim, o apoio que sentimos à nossa Coligação não é fruto do acaso, decorre dessa capacidade realizadora da CDU e da orientação que enforma o seu projecto – um projecto para servir as populações e não quaisquer outros interesses - e que neste concelho de Sesimbra está também à vista.

A população do concelho de Sesimbra conhece bem o valor do trabalho da CDU, a sua presença distintiva, o que ela significa para promover as condições de vida da população e a acção para defender os seus direitos.

A obra está aí, por todo o concelho e em todas as freguesias. Neste mandato deram-se passos significativos na regeneração urbana, na criação de espaços verdes, na valorização do património, na intervenção no parque escolar, apesar dos constrangimentos criados pelos sucessivos cortes no financiamento das autarquias.

Quem aqui vive conhece bem a transformação para melhor das condições de vida. Sesimbra é hoje um ponto de interesse e de visita na Região. E não só no Verão. Um local para usufruir da frente marítima, da sua diversidade paisagística e ambiental e da sua riqueza patrimonial, seja a sua Serra da Arrábida, a sua Lagoa de Albufeira, o seu património histórico, seja o Castelo ou o Cabo Espichel. É por isso que com a CDU se tem valorizado a Arrábida como elemento fundamental do desenvolvimento concelhio e afirmação regional. É por isso, que por acção da CDU, para lá das competências da autarquia, se adquiriu a ala Norte do edificado, condição essencial para alavancar a recuperação do património numa parceria com a Igreja.

Também a Quinta do Conde é a prova da atenção que a CDU dá à requalificação urbana e ao direito à habitação.

Aqui, neste concelho e em toda área metropolitana de Lisboa, a CDU inscreveu a recuperação dos bairros de génese ilegal que ocupavam milhares de hectares. É assim que a Quinta do Conde se assumiu como uma centralidade na vivência da Península de Setúbal. Assim também é com a recuperação da área de génese ilegal da Lagoa de Albufeira, transformando-a numa zona de vivência colectiva, a que se adiciona o trabalho de valorização da frente ribeirinha que aí está realizada.

Um trabalho que mobilizou vontades e o trabalho dos moradores que, articulado com o apoio técnico e financeiro que as autarquias CDU deram, possibilitou a sua legalização. Um trabalho que desde o seu primeiro mandato constituiu uma expressão maior do que é uma gestão participada, assente no diálogo com os moradores e as suas associações, na proximidade, na construção colectivas das soluções com as populações. Um trabalho que, desde a primeira hora, arregaçou as mangas para dar solução a esse imenso loteamento clandestino que ocupou esta área, e onde no início da década de 80 viviam em permanência 13 mil pessoas.

Aos que, não sabendo do que falam, papagueiam a ideia da “participação” como se tivessem descoberto a roda, aqui quero lembrar a larguíssima participação em que assentou o processo de requalificação destes bairros e deste território concelhio.

Aos que por aí contrapõem desenvolvimento às infraestruturas só lhes podemos dizer: tanta ignorância! Como se melhorar as condições de vida não fosse o objectivo do desenvolvimento. Como se assegurar arruamentos onde antes não havia não fosse desenvolvimento. Como se construir redes de água e esgotos onde não existiam não fosse desenvolvimento. Como se levar electricidade às habitações não fosse desenvolvimento. Como se construir escolas, equipamentos sociais, assegurar unidades de prestação de cuidados de saúde, espaços desportivos ou zonas verdes não fosse desenvolvimento.

É desenvolvimento e a CDU pode-se orgulhar de o ter tornado realidade neste concelho.

Uma capacidade realizadora que contrasta de forma flagrante com a falta de investimento dos sucessivos Governos no concelho, de que a resistência em construir a nova escola Secundária na Quinta do Conde é o melhor exemplo.

(...)

Estamos numa terra de gente de trabalho, que tem com o mar uma relação muito estreita e que marca profundamente este concelho e a sua vida colectiva.

É sabido que o PCP e a CDU têm um vasto património de intervenção, de luta e de proposta, seja no plano autárquico, seja no plano nacional, seja no Parlamento Europeu. Um património construído em permanente e estreita ligação com o sector das pescas e as suas comunidades.

Neste último ano, por iniciativa do PCP, foram consideradas medidas de salvaguarda dos rendimentos dos pescadores que ficam impedidos de desempenhar a sua actividade na pesca do cerco. Hoje está em vigor um sistema de compensação salarial que é a concretização de uma sua justa aspiração. Avançou-se igualmente com um subsídio à gasolina, o combustível usado em mais de 50% dos barcos da nossa frota de pesca.

Mas se valorizamos o que se conseguimos, sabemos que ficámos aquém do necessário.

Nunca é demais lembrar que o sector das pescas sofreu nas últimas duas décadas um acentuado declínio com a perda de 50% da sua frota e encontra-se, hoje, numa situação de crise económica e social profunda.

Portugal precisa de uma política que relance, potencie e valorize os nossos recursos, o nosso saber fazer de séculos, como é o caso da valorização do nosso mar e das nossas gentes que a ele estão ligadas pelas suas actividades.

Uma política de pesca que afirme a soberania nacional sobre as nossas águas, reconheça as nossas particularidades e que garanta o direito a desenvolver a nossa produção pesqueira, como factor de independência nacional e segurança alimentar.
Tal implica a necessidade de canalizar para o sector determinados apoios públicos, sejam nacionais, sejam comunitários.

Implica dar resposta às justas exigências, que o sector vem fazendo, de medidas para melhorar o preço de primeira venda do pescado. É, sem dúvida, necessário promover a introdução de mecanismos que melhorem o preço de primeira venda, valorizando os preços pagos à produção e a máxima contenção no consumidor. Apoiar a indústria conserveira e o consumo de conservas portuguesas.

Implica garantir apoios específicos a segmentos específicos da pesca de pequena escala costeira e artesanal, que possibilitem a renovação e modernização das frotas, a melhoria das suas condições de segurança e da sua sustentabilidade económica e ambiental.

Implica que, em Sesimbra, se assegure com urgência o investimento para a reclamada requalificação e ordenamento do porto de pesca.

Tal como consideramos que é necessário rever e reverter um sistema de decisão irrealista de quotas que carece de fundamento, nomeadamente na sardinha, onde é necessário garantir quotas capazes de assegurar a sobrevivência deste importante sector em Portugal.

Não! Não desistiremos de alcançar as verdadeiras soluções para os problemas nacionais e dar resposta às aspirações dos trabalhadores e do povo.

Há muito caminho a fazer, nestes e noutros domínios que exigem respostas adequadas e urgentes!

Que ninguém tenha dúvidas, quanto mais força tiver a CDU, mais condições tem para fazer o País avançar e resolver os muitos problemas que enfrenta, em resultado de anos e anos de política de direita!

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