Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Comício CDU

Somos uma força que se apresenta às próximas eleições de cabeça erguida e consciência tranquila

Somos uma força que se apresenta às próximas eleições de cabeça erguida e consciência tranquila

As minhas cordiais saudações a todos vós e por vosso intermédio aos trabalhadores e ao povo de Vila Nova de Gaia.

Estamos a pouco mais de um mês e meio das eleições para a Assembleia da República.

Eleições que constituem um momento da maior importância na luta pela ruptura com a política de direita e a concretização da viragem inadiável e necessária na vida nacional a que a maioria dos portugueses aspira.

Eleições que são a grande oportunidade para que os democratas e patriotas, para que todos os que aspiram a uma vida melhor, expressem a vontade de pôr fim ao caminho de empobrecimento, exploração, dependência e abdicação dos interesses nacionais que PSD, CDS e PS têm imposto ao País e de forma agravada nestes últimos anos.

Eleições onde está cada vez mais clara a opção que está colocada aos portugueses no próximo dia 4 de Outubro: permitir que se prossiga o rumo de afundamento que conduziu o País à actual situação de retrocesso económico e social e empobrecimento geral ou agarrar a oportunidade de, agora com o seu apoio e o seu voto na CDU, abrir caminho a uma ruptura com a política de direita e concretizar uma política de patriótica e de esquerda.

Sim, o que de facto está em jogo em 4 de Outubro é a escolha entre dois caminhos: - entre insistir no velho e ruinoso trajecto da política de direita percorrido pelos governos do PS, PSD e CDS-PP que conduziram o País à crise, aos PEC, ao Pacto de Agressão e os portugueses ao empobrecimento e que, no fundamental, pretendem continuar, ou abrir a passagem para um caminho novo, com uma política patriótica de esquerda, com a força do povo, com a CDU, com a convergência dos democratas e patriotas e, finalmente, assegurar um Portugal desenvolvido, solidário, de justiça e de progresso!

Por todo o País temos vindo já a apresentar os nossos candidatos e prestar contas do trabalho realizado, também aqui, no distrito do Porto, já tivemos oportunidade de fazer a apresentação pública dos candidatos da CDU, encabeçada pelo camarada deputado Jorge Machado.

Eles são os candidatos de uma força que age sempre com a perspectiva de servir os trabalhadores, o povo e o País e não de se servir.

Candidatos de uma força sem paralelo no contexto da intervenção política nacional que dá garantias de trabalho responsável e constante, que não se fica perante os problemas e a adversidade, mas que os enfrenta com um desejo imenso de servir o seu povo e o seu País.

Candidatos de uma Coligação que se diferencia pelo seu projecto alternativo distinto e pela sua enorme capacidade de intervenção e realização.

Foi isso que os portugueses viram nesta XII Legislatura que agora finda. Uma legislatura das mais trágicas que os portugueses têm vivido desde os tempos da ditadura fascista. Uma legislatura determinada pelas opções formatadas pela política de direita de PS, PSD e CDS-PP e pelos arranjos e acordos que promoveram entre si e com os centros do capitalismo transnacional, onde pontificam a União Europeia e o FMI.

Viram os deputados do PCP e do PEV a assumir um combate frontal contra as políticas de direita que são a causa da crise e das dificuldades que o País e os portugueses enfrentam, nunca deixando os interesses dos trabalhadores e do povo por mãos alheias.

Temos um trabalho que nos orgulha e que faz jus ao público reconhecimento da nossa Coligação como a grande força que sabe honrar a palavra dada e os compromissos assumidos.

Por isso, somos uma força que se apresenta às próximas eleições de cabeça erguida e consciência tranquila, não apenas pelo papel que tem desempenhado na oposição à política de direita e na dinamização da luta de resistência à ofensiva destes anos, como pelo conjunto de iniciativas que tomámos nos mais diversos domínios em defesa dos interesses populares, deste distrito e do País.

Na Assembleia da República os deputados da CDU realizaram uma intervenção sem paralelo. Foram os que mais produziram nos quatro anos da legislatura.

No seu conjunto apresentaram cerca de 458 Projectos-Lei, cerca de 500 Projectos de Resolução e 105 apreciações parlamentares, 30 audições temáticas e mais de 5 000 perguntas e requerimentos, num trabalho ligado às realidades concretas e aos problemas do País, feito na Assembleia e fora dela, na resposta às solicitações das populações e dos trabalhadores, dando voz e participando nas suas lutas, promovendo a denúncia e fiscalização da política do governo, combatendo as suas ofensivas políticas e legislativas e apresentando propostas alternativas para resolver os problemas do País.

Nós estamos convictos de que o povo português reconhecerá quão importante e útil tem sido o trabalho dos deputados da CDU e o contributo que têm dado para a solução dos problemas do País e do povo.

É também por isso que a CDU e as forças que a compõem, com a consciência do trabalho realizado, se apresentam perante os portugueses com a convicção de serem merecedoras da sua confiança.

E essa confiança está já expressa no apoio e na simpatia crescentes de cada vez mais portugueses em relação à CDU e aos partidos que compõem a nossa Coligação.

Temos andado por todo o País e o que sentimos e verificamos é que a CDU é hoje para muitos mais portugueses a grande força que transporta a esperança por um Portugal melhor, por um Portugal com futuro.

O que sentimos e verificamos é que cada vez mais portugueses querem ver mudado o rumo das suas vidas e que vêem na CDU, muito justamente, a grande força impulsionadora da ruptura e da mudança necessária no País.

O que sentimos e verificamos é que mais portugueses desejam uma CDU forte, com mais votos e mais deputados, porque não querem ver prosseguida, como pretendem PSD/CDS-PP, mas também o PS, a política de corte e degradação dos salários, das reformas e pensões, dos serviços públicos, dos seus direitos à saúde, à educação, à segurança social e, simultaneamente, ver atribuídas novas benesses ao grande capital!

Não querem ver prolongado por muitos mais anos um desemprego massivo, a precariedade no trabalho que se traduz em precariedade da própria vida, o trabalho sem direitos e o aumento da exploração! Um País onde se vêem os trabalhadores depauperados por uma política de saque dos rendimentos do trabalho e das reformas.

Ainda há dois ou três dias vimos publicado no “Diário de Notícias”, na sua secção “Dinheiro Vivo”, uma estimativa do que significou este período da legislatura em termos de perdas do rendimento trabalho. Falavam num corte de 7,6 mil milhões nos salários, enquanto as rendas do capital subiam para o seu segundo maior nível de sempre!

Ontem mesmo se anunciava que os trabalhadores a receber a salário mínimo nacional tinha crescido 73% desde 2011.

É o modelo de desenvolvimento a que aspiram PSD, PS e CDS-PP, um modelo económico assente nos baixos salários e trabalho sem direitos.

Mas são também cada vez mais os portugueses que apoiam a CDU, porque não querem que continue uma política de destruição do aparelho produtivo e da produção nacional. Essa política que levou ao afundamento do Produto Nacional nestes últimos anos e ao encerramento e à falência milhares de empresas. Essa política responsável pelo brutal corte verificado no investimento público e privado, com consequências graves para o desenvolvimento do País.

Não querem ver o País vazio de gente, forçada a emigrar. Foram quase 500 mil portugueses nestes últimos quatro anos!

Não querem os micro e pequenos empresários ver as suas actividades a definhar e as suas vidas destruídas, em resultado de uma política que liquida a produção, destrói a economia e o emprego e a vida do nosso povo!

Não querem ver um País crescentemente empobrecido, cada vez mais endividado e dependente. Um País com uma dívida insustentável e um serviço da dívida sufocante.

Não querem ver perpetuado o brutal assalto fiscal aos seus rendimentos, agravando a injustiça fiscal!

Não querem ver os jovens sem futuro e sem saída, bloqueados por uma educação elitista e um emprego precário, mal pago e intermitente!

Não querem ver prosseguida a política de rapina das riquezas nacionais que está em curso, com as privatizações e a venda ao desbarato dos recursos do País, em resultado de uma política de subversão do regime democrático e de comprometimento da soberania nacional! Um País onde o domínio do poder económico sobre o poder político é uma realidade e onde as teias de promiscuidade e da corrupção campeiam.

Não querem uma política do aprofundamento das injustiças e desigualdades sociais como a que vem sendo seguida por aqueles que têm governado o País à vez.

O que sentimos e verificamos é que no País se alarga a tomada de consciência de que a grave situação que vivemos resulta de 39 anos de política de direita, agravada com a política dos PEC e do Pacto de Agressão da troika, subscrita e levada à prática pelos Governos PS e PSD/CDS-PP!

O que sentimos e verificamos é que cada vez mais portugueses reconhecem que o País precisa do concurso desta grande força que é a CDU - a força capaz de dar uma nova vitalidade e um novo impulso à vida do País e ao seu desenvolvimento!

Desta força que tem e apresentou soluções para o País capazes de dar expressão a uma política patriótica e de esquerda identificada com as aspirações dos trabalhadores e do povo português a uma vida melhor, mais digna e justa.

Desta força que convictamente afirma que Portugal não está condenado, que tem no Programa Eleitoral para uma política patriótica e de esquerda a resposta para os problemas do País.

Sim, camaradas, há uma outra política capaz de assegurar o desenvolvimento do País, o progresso social, a elevação das condições de vida dos trabalhadores e do povo, efectivar os seus direitos constitucionais, afirmar Portugal como nação soberana e independente numa Europa e num mundo de paz e cooperação.

Uma política, patriótica e de esquerda, que não só é indispensável, como é possível e realizável.

Realizável com a força e a luta dos trabalhadores e do povo português, com a inscrição como factor decisivo e estratégico do crescimento económico, com a afirmação determinada e firme do direito do País a um desenvolvimento soberano, assente na ruptura com as políticas e orientações da União Económica e Monetária, do Euro e dos seus constrangimentos, do Tratado Orçamental, da Governação Económica da União Europeia.

Realizável pela mobilização de recursos que a renegociação da dívida permite libertar, com a redução dos seus montantes e juros.

Realizável com os recursos que a política fiscal que propomos, por via da devida tributação sobre os dividendos, a especulação financeira, o património mobiliário e as grandes fortunas.

Realizável com a recuperação de importantes montantes hoje enterrados nos negócios das PPP e nos contratos swap.

Um Programa que assume o crescimento económico sustentado e vigoroso e o emprego como objectivos centrais da sua política.

Um Programa com uma política alternativa, patriótica e de esquerda, baseada na recuperação para o controlo público de sectores e empresas estratégicas no quadro de uma economia mista com um forte apoio às micro, pequenas e médias empresas; na valorização do trabalho e dos trabalhadores e dos seus direitos e garantia de uma justa distribuição da riqueza criada que inclui o explícito compromisso de reposição de salários, rendimentos e direitos roubados e o combate à precariedade; na defesa dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, designadamente dos direitos à educação, à saúde e à protecção social.

Uma política de efectivo combate à pobreza intervindo nas causas que lhe estão na origem, como são, entre outras, os baixos salários e a baixas pensões.

Uma política que garante as funções culturais do Estado, os direitos dos cidadãos no acesso à justiça, para assegurar a segurança e tranquilidade dos cidadãos e combater decididamente a corrupção.

Um Programa centrado no aprofundamento da democracia e na afirmação da independência e soberania nacionais.

Sim, a CDU tem outro caminho alternativo, respeitador de Abril e dos seus valores de democracia, liberdade, desenvolvimento, justiça social, soberania e independência nacional.

Hoje, aqueles que afundaram o País com as políticas dos seus governos, com os PEC e com os Pactos humilhantes que fizeram entre si e com FMI e a União Europeia, vêm prometer, mais uma vez, um amanhã radioso, outra vez a solução dos problemas que nunca resolveram, antes agravaram!

Aí os temos a tentar vender gato por lebre, com as suas manobras de mistificação e ilusionismo político na tentativa de disfarçar os seus reais propósitos e projectos para o futuro.

Todos em conjunto – PS, PSD e CDS – a tentar mostrar que as suas políticas são muito diferentes e que têm respostas muito distintas para o País.

Todos passaram a esconder que o seu verdadeiro programa está vinculado às orientações do grande capital nacional e transnacional – o programa de privatizações, de desvalorização dos salários e de aumento da precariedade, de amputação da segurança social, ataque às pensões de reforma e aos reformados,

Passaram a esconder por detrás das suas diferenças secundárias o seu vínculo às mesmas políticas e orientações e o mesmo apego e subordinação aos instrumentos de dominação, empobrecimento e exploração dos trabalhadores e dos povos – Tratado Orçamental, Governação Económica, Programa de Estabilidade!

Passaram a esconder que querem fazer dos serviços públicos dirigidos à satisfação das necessidades essenciais das populações um instrumento de exploração e enriquecimento de uns poucos, como o aliás o têm feito!

Passaram a esconder que querem riscar e apagar da nossa vida social e laboral, os direitos individuais e colectivos dos trabalhadores, como de forma crescente o têm vindo a fazer.

Querem uns e outros, PSD, PS e CDS o afastamento do Estado das tarefas do desenvolvimento económico e social.

Todos e cada um à sua maneira, a procurar perpetuar a política de direita e com as suas operações de mistificação impedir a afirmação e concretização de uma alternativa patriótica e de esquerda.

O PSD e o CDS-PP a tentar transformar quatro anos trágicos de destruição, exploração e empobrecimento em anos de grandes sucessos e quanto mais certa têm a sua derrota, mais se empenham em operações de propaganda fraudulenta.

Põem-se em bicos de pés, arvorados em salvadores da pátria, essa mesma pátria que alienaram sem escrúpulos para tentar apagar as suas responsabilidades seja no apoio que deram a cada um dos instrumentos do anterior governo PS/Sócrates (dos Orçamentos de Estado aos PEC) seja na subscrição do Pacto de Agressão com o FMI, a União Europeia e o BCE.

Tentam apresentar o percurso de destruição de direitos e de afundamento económico e social como um mal necessário pelo qual o País teria de passar e que daqui para frente os portugueses vão finalmente contar com um futuro radioso, escamoteando que o seu programa verdadeiro é o Programa Nacional de Reformas que o governo PSD/CDS enviou para Bruxelas. Um Programa assente no prosseguimento e intensificação da política dos quatro últimos anos.

Toda esta mistificação está construída com recurso a leituras fantasiosas de indicadores económicos, à profusão de anúncios de novas promessas, à instrumentalização intensiva do poder e dinheiros públicos para condicionar e adquirir apoios eleitorais que lhes permitam escapar à derrota.

Veja-se a operação de mistificação em relação aos dados do desemprego. Eles reflectem cada vez menos a realidade do desemprego no País. Na realidade o emprego actual continua inferior a 2011, em 218 mil postos de trabalho. A redução da taxa é essencialmente o resultado dos dos 500 mil portugueses que foram obrigados a emigrar, 250 mil inactivos que desejariam trabalhar e não contam para as estatísticas, e de mais de 240 mil que não trabalham a tempo inteiro e fazem biscates.

Veja-se como a sua anunciada recuperação económica continua assente em pés de barro, bem visível não apenas na dinâmica da criação de emprego, mas também no agravamento do défice comercial.

Há por aí um grande esforço também para dar vida a uma coligação que está condenada à derrota, com o truque do empate técnico nas sondagens que a confirmarem-se os resultados no dia das eleições, significariam a maior derrota de sempre do PSD e CDS juntos!

Passos Coelho na festa do Pontal deste fim-de-semana pediu um resultado eleitoral inequívoco nos partidos do governo. Nós estamos convictos que o resultado inequívoco será a sua derrota sem apelo, nem agravo.

Os que neste momento admitem e empolam a possibilidade de outro desfecho visam, alimentando receios, esconder os seus objectivos hegemónicos e dar força às manobras bipolarizadoras que alimentam a alternância sem alternativa, entre PS e PSD.

Façam o que fizerem, digam o que disserem, os portugueses não vão esquecer na hora de decidir o enorme salto atrás destes anos e o que eles significaram de retrocesso económico e degradação social e de ruína do País, e terão a derrota que merecem!

Mas não basta ver derrotado o governo, é preciso também derrotar a política de direita!

Não tenhamos dúvidas, o perigo principal é o de destas eleições resultarem condições políticas e institucionais para a política de direita ser prosseguida por outras mãos, nomeadamente pela mão do PS.

Por isso é justo dizer que o que decide da possibilidade de se derrotar não só o actual governo como a política de direita e dar mais força à viabilidade de uma política alternativa patriótica e de esquerda, é o reforço da CDU.

Mas em matéria de mistificações e manobras em curso visando perpetuar o rotativismo dos partidos do “ vira o disco e toca o mesmo”, está aquela que converte as eleições legislativas em inventadas «eleições para Primeiro-Ministro».

Esta história dos "candidatos a Primeiro-Ministro" foi criada pelo PS e PSD precisamente para levar os eleitores ao engano.

Querem fazer crer que a principal finalidade destas eleições é escolher um Primeiro-Ministro e que, como a toda a hora lhes dizem que um Primeiro-Ministro só pode sair do PS ou do PSD, são eles as únicas opções de voto.

As eleições são na realidade para eleger, não uma só pessoa, mas sim 230 deputados que não só irão influenciar a formação do governo como durante quatro anos serão chamados a debater e aprovar leis, a fazer opções decisivas sobre a política nacional e a fiscalizar a actividade do governo.

De facto, o elemento mais decisivo que se joga nas próximas eleições é o tipo de maioria que sair do resultado de 4 de Outubro (e o peso relativo que, dentro dela, cada força tiver) e quantos mais votos e mais deputados tiver a CDU mais peso terá uma política patriótica e de esquerda e mais força ganha a necessidade de uma mudança no governo do País.

Sim, camaradas, as verdadeiras opções no próximo dia 4 de Outubro não são escolher entre Passos e Costa, mas escolher entre a continuação da mesma política ou optar pela ruptura e pela mudança, votando na CDU!

Neste últimos tempos, têm vindo igualmente com a manobra mistificadora da necessidade de uma maioria absoluta, na base do falso perigo da ingovernabilidade do País.

Mais do que nunca impõe-se denunciar os que com base na chantagem da “governabilidade” e “estabilidade” invocam a necessidade de uma maioria absoluta, como o faz Passos e como o faz Costa, iludindo que é a “estabilidade” da política de direita que os move mesmo que isso signifique, como tem significado ao longo dos anos, a instabilidade da vida dos portugueses, dos seus rendimentos e direitos.

E esta ideia de garantir o objectivo da estabilidade da política de direita é bem traduzida na afirmação de Passos Coelho que veio recentemente defender naquela entrevista à SIC uma maioria absoluta para sua coligação ou para o PS.

Trata-se de uma declaração que evidencia o reconhecimento da identidade, no essencial, dos seus projectos. Por isso para eles tanto faz que a maioria absoluta seja deles ou do PS, que o importante é que o rumo da política de direita prossiga!

É também por tudo isto que não podemos calar a recorrente mistificação por parte do PS para procurar capitalizar o descontentamento presente em muitos portugueses com a acção do actual governo.

Seja por via da tentativa de cavalgar as declarações de Cavaco Silva sobre a “estabilidade e governabilidade”, seja por via da recorrente manipulação dirigida à capitalização do voto de eleitores de esquerda a pretexto de brandir o medo da “direita”.

Eles que em todos esses anos escolheram sempre governar com o apoio dos partidos que agora estão no governo.

É bom que nos lembremos que o PS governou com maioria absoluta entre 2005 e 2009. E sobretudo que nos lembremos o que isso significou de ataque a rendimentos e direitos dos trabalhadores e do povo que, como ainda a semana passada foi conhecido, o PS votou favoravelmente a larga maioria das propostas (139 em 231) que o governo PSD/CDS fez chegar na actual legislatura à Assembleia da República.

É bom que se saiba que em termos aritméticos cada deputado a mais na CDU pesa o mesmo que qualquer outro deputado do PS.

Com uma enorme diferença em termos políticos: é que cada deputado do PS servirá para prosseguir a política de direita e juntar-se, se necessário, aos deputados do PSD e CDS; cada deputado da CDU é uma garantia de que contribuirá sempre para uma política de esquerda e que nunca contribuirá para prosseguir a política de direita que os partidos da troika nacional têm prosseguido.

Cada voto a mais na CDU, cada deputado a mais que a CDU obtenha é um voto a menos e um deputado a menos no PSD/CDS e no PS. Ou seja, um voto e um deputado a mais na CDU é um voto e um deputado com que o povo conta para defender os seus direitos e tornar mais próxima uma política alternativa, um voto e um deputado a menos no prato da política de direita.

Por isso é certo e justo dizer: mais votos e mais deputados CDU nas próximas eleições é não só condição primeira para derrotar este governo do PSD/CDS como assegurar também o reforço de quem pode garantir uma verdadeira política alternativa, patriótica e de esquerda, e romper com o ciclo de alternância sem política alternativa.

Nunca como hoje o voto na CDU foi tão decisivo, tão necessário para romper com este futuro negado, carregado de pobreza e declínio que querem impor ao povo e ao País.

Hoje mais do que nunca a opção pela CDU é a opção certa e segura na defesa dos trabalhadores, do povo e do País.

A todos os que sabem que não somos iguais aos outros, a todos os que não confundem retórica e demagogia com uma sincera e séria atitude em defesa dos trabalhadores, dos reformados, dos pequenos empresários – a todos lhes dizemos:

Confiem! Não hesitem!

Confiem nesta força que pelas suas propostas e projecto, pela prova da sua acção e coerência política jamais trairá a confiança dos que, vítimas da política de direita, aspiram a uma real mudança na vida nacional.

Está nas vossas mãos e só nas vossas mãos e na vossa vontade afirmar, com o voto na CDU, que é tempo de isto mudar, que é tempo de não deixar para outros o que podem decidir!

É decidir dar força à esperança de um Portugal com futuro!

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