Declaração de voto de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre a situação de emergência na Venezuela

É completamente inaceitável a resolução submetida a votação sobre a situação na Venezuela e votámo-la contra. Manifestamos uma vez mais a nossa solidariedade para com o povo venezuelano, recordando que «todos os povos têm o direito à autodeterminação» e que, «em virtude deste direito, estabelecem livremente a sua condição política e, desse modo, providenciam o seu desenvolvimento económico, social e cultural». Rejeitamos por isso todos os ataques contra a democracia e a soberania da Venezuela que têm sido sistematicamente promovidos e estimulados por uma maioria do Parlamento Europeu avessa a respeitar a Carta das Nações Unidas, o direito internacional e o princípio de não intervenção. Entendemos que a única saída para a atual crise consiste em investir no diálogo entre o governo venezuelano e a oposição e que o diálogo político é o único caminho para a paz na Venezuela e na região. Condenamos quaisquer planos de intervenção militar; condenamos o reconhecimento por alguns Estados-Membro da UE, onde se inclui Portugal, do presidente fantoche Juan Guaidó; rejeitamos a instrumentalização política da chamada “ajuda humanitária” e recordamos que se há preocupação com a situação económica e social do povo venezuelano, então que os EUA e a UE levantem as sanções que impuseram à Venezuela e ao seu povo.

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