Declaração de voto de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre a Resolução sobre a celebração do acordo de diálogo político e de cooperação UE-Cuba

Rejeitamos, quaisquer intenções que a direita, e determinados sectores da social-democracia, numa visão revanchista, autoritária, neocolonialista, de profundo desrespeito pela soberania do povo cubano e das escolhas e caminhos que livremente tomaram, procuraram impor na resolução sobre o Acordo de Diálogo Político e Cooperação UE-Cuba, procurando deturpar e condicionar o seu conteúdo.

Suavizam o criminoso bloqueio a que está sujeita há quase seis décadas, e omitem a ocupação ilegal de Guantánamo, palco de atrozes violações de direitos humanos, imposto pelo imperialismo Norte-Americano.

Procuram manchar a resolução com elementos de um tratado de livre comércio, que o acordo não é, ou de visões de interferência e ingerência, que rejeitamos. É disso exemplo a referência ao Instrumento Europeu para a Democracia e os Direitos Humanos, instrumento de desestabilização e intromissão em países soberanos, de acordo com os interesses políticos e económicos da UE, instrumentalizando os direitos humanos para forçar reformas políticas e económicas.

Têm, como único objectivo, o derrube de um projecto transformador da sociedade que alcançou elevados níveis e padrões de desenvolvimento social, cultural, tecnológico, a que se soma a reconhecida expressão de solidariedade internacional.

Solidários com a luta de Cuba e do seu povo na defesa da revolução, das suas conquistas sociais e do seu carácter socialista, votámos contra.

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