As relações entre a UE e a América Latina têm sido marcadas pela constante ingerência externa e condicionamento político da UE sobre os assuntos internos de países soberanos que não estão submetidos aos seus interesses imperialistas. Uma concepção que rejeitamos e da qual, entendemos, Portugal se deveria demarcar de forma frontal respeitando a Constituição da República Portuguesa.
A estratégia da UE de avançar com acordos de associação e acordos de livre comércio nesta região está particularmente vincada neste relatório. Algo que não contribuirá nem para o desenvolvimento e justiça social dos povos desta região, nem para os povos dos Estados-Membros da UE.
Rejeitamos firmemente as visões relativamente a Cuba, mas especialmente relativamente à Venezuela, com um carácter sobranceiro e de recorte colonial. O povo cubano e o povo venezuelano têm o direito inalienável de escolherem livremente o seu destino e assim o têm feito de forma corajosa e determinada.
Neste relatório não deixa de ficar claro que a UE pretende contribuir para a destruição das conquistas económicas e sociais alcançadas pelos povos da América Latina e por governos progressistas, aliando-se estrategicamente a países como Brasil, México e Argentina que têm incrementado os ataques aos direitos dos trabalhadores e dos respectivos povos.
Votámos contra.