Intervenção de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre o Programa de Trabalhos da Comissão 2018

Mais uma vez, a comissão insiste em apresentar as mesmas propostas e os mesmos caminhos. Perda de soberania económica, monetária, fiscal, bancária, em benefício das grandes potências europeias. Austeridade, empobrecimento, exploração. Concentração da riqueza para uns, a miséria, a incerteza para os demais. Mais investimento para a indústria da guerra e medidas securitárias, supressão dos direitos de asilo e dos refugiados. Mais do mesmo, sem que se retirem quaisquer lições das políticas que impuseram e querem continuar a impor!
As necessidades, essas, são claras e evidentes.
O reforço os fundos para a coesão, contrariando as crescentes assimetrias.
A necessidade da defesa da democracia no quadro da soberania dos Estados, na defesa de políticas de desenvolvimento progressistas que respondam às necessidades dos povos, e que façam uso dos recursos e capacidades em proveito próprio.
Apoios aos países afectados por catástrofes e direccionados para mecanismos de prevenção.
A necessidade de apoiar a recuperação dos sectores produtivos em países como Portugal, com apoios direccionados às pescas, à agricultura, à indústria.
Apoios que se canalizem prioritariamente para as micro, pequenas e médias empresas.
Apoios e políticas que favoreçam necessárias políticas públicas em sectores estratégicos, como a energia, os transportes, as comunicações.
Apoios e políticas assentes na oferta de serviços públicos, gratuitos e de qualidade, em sectores como a saúde, a educação, a justiça.
Apoios que reforcem a capacidade de produção científica e de investigação.
Políticas que promovam a criação de empregos, o trabalho com direitos, a contratação colectiva, o aumento de salários, a redução de horários, e uma segurança social pública e universal!

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