As prioridades da UE para as sessões do CDHUN são um grotesco exercício de ocultação das constantes violações de direitos humanos pela União Europeia. Coloca a União Europeia um paladino da sua defesa, mas aí estão as mortes no Mediterrâneo; aí está o aumento das medidas securitárias e de limitações dos direitos fundamentais dos cidadãos de diferentes estados-membros sobre pretexto de combate ao terrorismo; aí os ataques à liberdade de imprensa denunciados em diversos Estados-Membros; aí estão as descriminações de género ou por orientação sexual; aí está a agenda racista e xenófoba da UE para as migrações; aí estão as desigualdades, a exploração, a pobreza.
A par do apoio ao Tribunal Penal Internacional, que rejeitamos porque ilegítimo, oculta o papel da União Europeia e da NATO em conflitos como o da Síria, da Líbia, do Iraque ou do Afeganistão. Nem uma crítica a Israel e às gritantes violações dos direitos humanos e de terrorismo de Estado com que atentam contra a Palestina o seu povo. Apoia-se o governo fascista ucraniano, não existindo uma única crítica à perseguição a comunistas, progressistas e democratas ucranianos.
Muitos outros exemplos poderiam ser dados. Evidente também, o recorte neocolonial com que se tratam os países africanos referidos na resolução.
Votámos contra.