O Acordo UE-Mercosul é mais um mega acordo comercial que se insere na lógica de liberalização do mercado em benefício dos interesses das grandes multinacionais e potências europeias, e das oligarquias das contrapartes, que se afigura altamente lesivo para os trabalhadores, os agricultores, os pequenos e médios empresários, dos dois lados do Atlântico.
 
As negociações deste Acordo têm sido marcadas por diversas manobras, de que destaco o afastamento ilegal da Venezuela da Presidência do Mercosul ou o golpe no Brasil contra a sua legítima presidenta Dilma Rousseff.
 
O candidato de extrema-direita  eleito para a presidência do Brasil, tem expressado a clara intenção de promover brutais ataques aos direitos fundamentais dos trabalhadores e do povo do seu país, à liberdade e à democracia. Uma ofensiva que se estende a outros países da região, tais como a Argentina, o Chile ou o Paraguai.
 
A UE tem sempre afirmado, ainda que hipocritamente, a defesa dos direitos humanos e outros direitos fundamentais, como condicionalidade à celebração de acordos comerciais. A prática vem demonstrando que a defesa de tais direitos se esgota na toada propagandistica e que caem por terra sob os interesses económicos e financeiros.
 
Face ao exposto pergunto se o Conselho considera retirar-se das negociações do Acordo UE-Mercosul?